FecharX

Vai uma cervejinha aí? Minas é o terceiro estado com mais cervejarias no Brasil

Além de agradar os consumidores, o setor pode gerar milhares de empregos e movimentar o setor econômico e turístico



Créditos da imagem: Midiaria/Divulgação
Main 181619 krug
Redação Sou BH
31/01/19 às 15:10
Atualizado em 01/02/19 às 19:02

Que mineiro ama uma cervejinha, a gente já sabe. Mas, que o setor só cresce no estado, a gente já sabia também! Confirmando seu lugar na elite da produção nacional, Minas Gerais é o terceiro estado com mais fábricas no país, contabilizando 115 empresas.

No ranking, divulgado pelos pesquisadores Eduardo Fernando Marcusso e Carlos Vitor Müller, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Rio Grande de Sul mantém a maior concentração de fábricas de cerveja (186). Seguem a lista São Paulo (165), Minas, que ocupa o terceiro lugar, Santa Catarina (105) e Paraná (93). Segundo Tatiana Santos, superintendente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas de Minas Gerais - SindBebidas, a expectativa é que o crescimento continue.

“Atualmente temos 78 empresas associadas no sindicato. Porém, são mais de 100 fábricas no estado, e cada uma dessas indústrias pode contar com até 100 marcas, gerando um impacto muito grande no setor”, comenta.


Victor Schwaner

Só crescendo

Outro dado que mostra a força do segmento é o volume de registros de cervejas e chopes em 2018. Foram 6,8 mil concessões no ano passado, um número que supera outros mercados representativos no país, como o de polpas de frutas, vinhos e bebidas mistas. Os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul tiveram mais de mil registros cada.

Para a superintendente, esse volume está intimamente ligado a um crescimento de cada braço do setor de cervejas artesanais. “A área de cervejarias ciganas, por exemplo, é um mercado que está crescendo muito. Como são empresas que trabalham por demanda e de forma mais caseira, elas acabam tendo uma boa perspectiva dentro de um nicho, podendo chegar a 14% ou 14,5% de crescimento”.

Em relação a novas cervejeiras, Espírito Santo lidera o ranking. O estado fechou 2017 com 11 cervejarias e em dezembro de 2018 tinha 19, um aumento de 72,7%. Seguem a lista das maiores expansões percentuais: Paraná (38,8%), Santa Catarina (34,6%), São Paulo (33,01%) e Minas Gerais (32,2%).


Daniel Mansur

Geração de empregos

O número de empregos gerados pelo setor também foi analisado. As cervejarias com menos de 100 funcionários geraram 1.114 vagas de janeiro a dezembro de 2018. O número é quase 20% maior do que as grandes indústrias, geralmente ligadas a marcas comerciais, que geraram 828 postos de trabalho. A estimativa é que cervejarias de 1 a 99 funcionários empreguem 3,6 mil pessoas. 

“Quando a indústria se formaliza ela acaba gerando mais empregos e crescendo todo o setor e isso está virando uma realidade entre as cervejarias ciganas. Com uma demanda cada vez maior no mercado, esses tipos de negócios tendem a se formalizar e, sucessivamente, empregam mais pessoas”, afirma Tatiana.

Segundo a superintendente do SindBebidas, atualmente, o número de cervejarias caseiras que dão o próximo passo é grande. Entre 10% e 15% tendem a montar a própria fábrica, o que acaba acarretando um crescimento em cadeia.

“Inclusive, não somente as indústrias têm crescido, o setor como um todo acaba se desenvolvendo. O consumidor está buscando cursos de sommelier para conhecer melhor as cervejas artesanais. O nicho em geral está gerando emprego e movimento”, pontua.