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Tiago Barbosa: 'Clube da Esquina é uma montanha russa de emoções'

Depois de 7 anos na Europa, ator volta ao Brasil para interpretar Milton Nascimento no musical "Clube da Esquina - Os sonhos não envelhecem"



Créditos da imagem: Leo Aversa
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Ao SOU BH, Barbosa contou sobre como foi a preparação para o musical, as semelhanças entre ele e Milton e o que o público pode esperar da peça
Thiago Alves
22/08/22 às 14:04
Atualizado em 22/08/22 às 14:08

Carioca de vida simples, com dom para a arte e predestinado ao sucesso, o ator Tiago Barbosa está em cartaz na capital mineira com o musical "Clube da Esquina - Os sonhos não envelhecem", no qual ele interpreta Milton Nascimento. O artista, que estava morando na Espanha há 7 anos, voltou ao Brasil justamente para viver o Bituca no espetáculo baseado no livro “Os Sonhos Não Envelhecem – Histórias do Clube da Esquina”, de Márcio Borges, com adaptação e dramaturgia de Fernanda Brandalise e direção de Dennis Carvalho. Ao SOU BH, Barbosa contou sobre como foi a preparação para o musical, as semelhanças entre ele e Milton e o que o público pode esperar da peça, que estreou na última sexta (18) e segue temporada até dia 28, no Sesc Palladium. Confira.

SOU BH: Como foi o seu início como ator? 

O meu inicio como ator foi no grupo Nós do Morro. Ali eu profissionalmente comecei a desenvolver a carreira como ator, a estudar e a ter contato com a arte.

SOU BH: O que te atraiu na hora de escolher o personagem de Milton?

Eu não escolhi o Milton. Na verdade, a produção que escolheu. O que mais me atrai nele é a sua complexidade musical. O Milton é um homem muito silencioso e, ao mesmo tempo, ele se expressa através da música de uma forma muito intensa. Ele tem um olhar para as pessoas, para o ser humano, que é muito bonito. Ele é de poucas palavras, mas a atitude dele é que que fala muito mais. A musicalidade dele fala por si.

SOU BH: Você vê semelhanças entre você e o personagem?

Engraçado que eu não via semelhança. Mas com o passar do tempo, estudando mais o Milton eu fui ver que temos muito em comum. Eu também sou silencioso, muito observador e a música sempre foi o meu instrumento de comunicação. Teve uma vez que no meio de uma audição, uma entrevista, há quase 8 anos, um diretor me perguntou porque que eu deveria estar no espetáculo. Eu estava com o coração tão cheio de coisas para poder dizer que eu não conseguia expressar em palavras e comecei a cantar. Naquele momento, eu ganhei o protagonista do espetáculo. E, agora, fazendo o Milton, acho que a ideia é falar através da música, da melodia. O Milton é um mistério, e eu me vejo um pouco assim.

SOU BH: O personagem de Milton que você interpreta tem muitas trocas de roupa porque ele passou por muitas fases. Como foi o processo de preparação para interpretar o Milton Nascimento? Quais são os principais arcos do personagem?

Eu acho que esse é o espetáculo que eu mais tenho troca de roupas, e trocas muito rápidas. Eu acredito que meu maior desafio vai ser mostrar essa timidez do Milton se converter e se transformar em música. Fazer com o que o silêncio do Milton fale por si e que a voz dele seja emocionante, que seja sensorial porque a música do Milton é muito sensorial. Esse é o grande desafio. No meu arco como ator será sair daquele primeiro momento dele muito jovem até chegar a idade dele no espetáculo de uma forma natural, orgânica e honesta.

SOU BH: O que o público pode esperar de Clube da Esquina – Os Sonhos Não Envelhecem?

O Clube da Esquina fala de amizades, de amizades que marcaram história. Sem nem eles imaginarem, ainda tão jovens eles marcaram a história da música brasileira através do poder da amizade, da generosidade musical e da alegria. E isso o público pode esperar. Eles vão rir muito, vão se emocionar. O espetáculo é uma montanha russa de emoções. Você vai sair de lá com as energias revigoradas.