Palco Hip Hop volta ao Sesc com shows, batalhas de dança, feira e reunião de MCs
Festival dedicado à cultura de rua celebra 40 anos do movimento no Brasil
O festival Palco Hip Hop, dedicado a fortalecer e divulgar este movimento cultural no Brasil, realiza sua primeira etapa do ano neste fim de semana (17 e 18 de fevereiro) com uma programação de shows, batalhas e debates no Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1046 - Centro).
Para todos e todas
Dança, versos, rimas e a arte urbana que integra o movimento estarão em evidência nas atividades gratuitas, que no sábado (17) incluem uma discussão sobre o tema "gestão de carreiras nas danças" com participação de Negona Dance, Tati Sanches e Frank Ejara, além de um debate sobre "a potência e o protagonismo feminino na construção ho hip hop", que reúne as artistas Sharylaine, Mc Ellu, Miss Black e Vanessa Beco. As conversas ocupam o Teatro de Bolso.
No domingo (18), o mesmo teatro recebe os debates "a história do hip hop dance", com o pesquisador Henrique Bianchini, e "hot moves" com Frank Ejara e DJ Nico.
Nos dois dias, o mezanino do espaço cultural será palco de atividades para crianças enquanto o salão de entrada na Rua Rio de Janeiro funciona como cenário para a Feirinha Palco Hip Hop, com expositores ligados ao movimento que incluem estúdio de tatuagem, roupas de street wear e bijuterias com tendências das culturas urbanas periféricas, do hip hop e do funk.
O foyer do Sesc Palladium na Av. Augusto de Lima recebe a Cypher do Palco Hip Hop, em uma reunião de MCs e outras personalidades importantes na construção da cena local, para troca de rimas, ideias e planos, com duração prevista de oito horas.
Shows
O Grande Teatro do Sesc Palladium recebe duas grandes apresentações coletivas durante o festival, ambas com ingressos a R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia-entrada). No sábado, o grupo de danças urbanas Contraste abre a programação ao lado de Sharylaine, uma das primeiras MCs do país, na ativa desde o fim dos anos 1980. Em seguida, sobem ao palco a artista Dany Fragozo, pioneira do rap feminino brasileiro, e a MC Ellu, que foi destaque do funk na década de 1990.
Ainda no sábado, as MCs Monge e Colombiana comandam as seletivas das batalhas de danças urbanas, nas modalidades livre individual e livre para duplas mistas, embaladas pelo som das DJs Pat Manoese e Dayna Vision.
No domingo, o Grande Teatro recebe os grupos de dança Anjos da Rua, de BH, e Chemical Funk, de São Paulo, além das finais das batalhas de danças com som comandado por Pat Manoese e Roger Dee. As premiações são de de R$ 2500 para o primeiro lugar e R$ 1000 para o segundo lugar de cada modalidade. Roger Dee ainda volta à cena, acompanhado por Roger Moore, em um show do duo Malukofonia, que convida os artistas mineiros Douglas Din e Shabê.
Resgate e memória
O evento deste fim de semana prossegue com as celebrações pelos 40 anos desde que a cultura hip hop chegou ao Brasil, uma comemoração iniciada ainda nas edições do ano passado. A ideia é resgatar a importância da contribuição de pessoas que acabaram de certa forma apagadas ao longo do tempo.
"Iremos apresentar um recorte artístico e formativo nestes 40 anos de Hip Hop no Brasil, fazendo justiça com nomes importantes que ajudaram a construir a cultura no país. Mas também promovendo encontros com artistas da nova geração que mantém ainda o fomento ao Hip Hop no Brasil", explica o curador e idealizador do projeto, Victor Magalhães. Confira mais informações sobre a programação e conheça as oficinas propostas pelo festival no Instagram do Palco Hip Hop.
