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História de mulher: 'Pacarrete' tem sessão comentada por Marcélia Cartaxo em BH

Protagonista tratada como "a louca da rua" rendeu Kikito à atriz paraibana



Créditos da imagem: Luiz Alves/Divulgação
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Dançarina inspirada pelo desejo de estar em cena, Pacarrete integra galeria de personagens icônicas vividas por Cartaxo
Redação Sou BH
07/03 às 18:22
Atualizado em 07/03 às 18:22

Apontada como "a louca" da cidade, uma heroína incomum luta para realizar o sonho de montar um espetáculo em sua terra natal no longa 'Pacarrete' (2020), em cartaz neste Dia Internacional da Mulher (8 de março), às 19h, no Cine Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89 - Santa Tereza). O longa tem sessão comentada por Marcélia Cartaxo, vencedora do Kikito de Melhor atriz pela personagem-título. 

Consagrada pela interpretação de Macabéa em 'A Hora da Estrela' (1985) – outra personagem feminina que marcou a história do cinema nacional – a artista paraibana é homenageada  na mostra 'Diálogos pela Equidade: Mulheres Plurais', que ocupa o cinema municipal até o próximo dia 17. Colega de Marcélia em 'Pacarrete' e vencedora do Kikito na categoria coadjuvante, a atriz Soia Lira também participa da sessão comentada em BH.

Ingressos

As entradas são gratuitas e ficam disponíveis na bilheteria do cinema, meia hora antes da sessão. Também há ingressos antecipados, que podem ser retirados no Sympla, mas uma parte dos bilhetes fica reservada para a distribuição presencial no cinema municipal. O filme tem classificação indicativa para 12 anos.

História de força 

Primeiro longa-metragem assinado por Allan Deberton, 'Pacarrete' acompanha a história de uma bailarina aposentada que vive em Russas, cidade no interior do Ceará. Às vésperas da celebração de 200 anos do município, Pacarrete decide apresentar sua arte diante da população local, mas esbarra em empecilhos como o preconceito por ela ser idosa ou a absoluta falta de interesse do público. Inspirado em lembranças de infância e histórias ouvidas pelo cineasta, o filme constrói sua protagonista a partir da memória de uma mulher que carregava o mesmo nome da personagem. 


Transformada em ficção por Deberton, a figura da mulher conhecida por todos e provocada pelas crianças na rua representa as histórias de tantas mulheres que viveram à margem das convenções sociais, resistindo aos rótulos e desafiando o preconceito. Tida como louca pela população, a Pacarrete da vida real foi professora de dança e educação artística em Fortaleza antes de mudar-se para Russas, onde viveu até sua morte em 2004. A produção conquistou oito Kikitos no Festival de Gramado em 2019, incluindo os prêmios de Melhor filme, direção, roteiro, Melhor atriz, Melhor atriz coadjuvante e o troféu do júri popular.