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Festival Acessa BH reúne 50 atividades culturais de artistas com e sem deficiência

A 2ª edição acontecerá de 1º de setembro a 31/10 apresentando espetáculos teatrais, de dança, música e literatura, além de atividades formativas



Créditos da imagem: Victor Augusto
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Dentre os destaques está o espetáculo de abertura E.L.A, com a atriz Jéssica Teixeira, do Ceará
Redação Sou BH
25/08/22 às 12:25
Atualizado em 25/08/22 às 12:25

Espetáculos protagonizados por artistas com deficiência, rodas de conversa, debates e oficinas estão na programação da 2ª edição do Festival Acessa BH. O evento, que tem o intuito de dar o protagonismo às pessoas com deficiência, tanto nos palcos, como no centro dos debates e trazer o assunto da inclusão e da acessibilidade para a pauta e prática cotidiana, vai acontecer de 1º de setembro a 31 de outubro, de forma virtual e também presencialmente em Belo Horizonte. 

Dentre os destaques estão o espetáculo de abertura, E.L.A, a estreia de Ave, montagem da Cia Ananda de Dança Contemporânea e do Núcleo de Criação e Pesquisa Sapos e Afogados, além de apresentação com o renomado maestro João Carlos Martins. 

Em sua segunda edição, o Acessa se expande passando de 5 para cerca de 50 atividades na programação. O evento promoverá debates, oficinas, rodas de conversa, apresentações de artes cênicas, de música, de literatura, uma mostra de processo e o pré-lançamento de um festival teatral. 

“Para a programação do Festival presencial, na capital mineira, destacamos artistas e grupos da cidade, que já têm reconhecida trajetória, como Renata Mara, Brisa Marques, Oscar Capucho, Cia Ananda, Pigmentar Companhia, Sapos e Afogados, dentre outros. Para o Festival e Seminário online, ampliamos o alcance, convidando artistas e profissionais de dez estados brasileiros e com olhar não só para diferentes corpos, mas também para a diversidade, com o protagonismo também de artistas mulheres e LGTBQIA+”, explica Lais Vitral, idealizadora e curadora do evento. 

Esta edição também conta com trabalhos que já integram a acessibilidade desde a concepção dos espetáculos, como as montagens da Cia Fluctissonante, do Paraná, um coletivo curitibano formado por artistas surdos e ouvintes que se dedicam à criação cênica contemporânea e bilíngue (Libras e português), sendo precursora nacional na criação em arte acessível, destacando-se justamente pela união de duas das línguas oficiais do Brasil dentro da cena. 

A Fluctissonante estará no Acessa BH com dois espetáculos, “Elevador” e “O Pequeno Príncipe”, além de uma oficina de Composição Cênica com Dramaturgia Descritiva (que está com inscrições abertas até 30/8) e uma mostra de processo do novo espetáculo “O Barco”. O Coletivo Desvio Padrão, de São Paulo, também estará nesta edição do Festival. Composto por pessoas que transitam nas pontas da curva normal: cegos, videntes, surdos e ouvintes atuantes em linguagens diversas do campo da cultura. O Coletivo está na programação com os  espetáculos “Só se fechar os olhos” e “Para Além do gesto”, em sessões mediadas com o público. Os espetáculos são duas versões da mesma história, sendo a primeira concebida para o público com deficiência visual, e a segunda para o público com deficiência auditiva.

A programação completa está disponível em https://acessabh.com.br. O Festival Acessa BH é realizado por Lais Vitral e Vitral Bureau Cultural, com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, com o patrocínio da MGS, da Vallourec e do Instituto Unimed-BH, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.