Conheça o contexto de criação do roteiro de Vice, um dos destaques do Oscar
O filme conta a história de Dick Cheney, vice-presidente do governo Bush, considerado um dos ‘arquitetos’ da Guerra do Iraque
Por Izabela Ventura
Com oito indicações,
Vice é um dos destaques do Oscar 2019. O filme estreia nesta quinta-feira (31)
no Brasil, contando a história de Dick Cheney, vice-presidente do governo de
George W. Bush, entre 2001 e 2009. Além de conferir atuações impecáveis, você
vai aprender um pouco mais sobre o contexto de problemas diplomáticos entre os
Estados Unidos e o Oriente Médio, que culminaram na ‘guerra ao terror’.
O longa concorre nas
categorias de Melhor Filme, Roteiro Original, Diretor (Adam McKay), Edição e Maquiagem
e Cabelo. Merecidamente, três membros do elenco estão no páreo: Christian Bale,
que fez uma transformação incrível para interpretar Cheney, para Melhor Ator; Sam
Rockwell, na pele de Bush, para Melhor Ator Coadjuvante e Amy Adams, como a
esposa e escritora Lynne Cheney, para Melhor Atriz Coadjuvante.
Toda a trajetória do ex-vice-presidente
é retratada, desde os primeiros acordos na formação da chapa à corrida
presidencial. Cheney, membro do partido Republicano, foi chefe de gabinete da
Casa Branca na década de 1970, e Secretário da Defesa dos EUA entre 1989 e 1993.
Sempre com forte atuação em assuntos bélicos como a invasão do Kuwait e a Guerra
do Golfo.
Para aceitar o cargo
proposto por Bush, ele impõe as condições de ter poderes sobre o exército, a energia
e política exterior. O acordo foi prontamente aceito.
O contexto da guerra
Tanto Cheney quanto Bush
seguiam uma linha de raciocínio com a premissa de que os EUA precisavam, acima
de tudo, firmar sua posição como líderes globais. O país seria obstinado a
promover a paz e democracia no mundo.
Conforme explica o professor
de Relações Internacionais da PUC Minas, Jorge Lasmar, quando Bush assumiu o
governo, o New American Foundation – grupo de intelectuais com ideias que
misturavam liberalismo com realismo –, conseguiu ocupar cargos de alto escalão.
Com uma política de neoconservadorismo, eles implantaram ações concretas de
militarização da política externa americana.
“Antes dos atentados de
11 de setembro os EUA consideravam três opções de intervenções no Iraque:
invasão, golpe de estado ou fomentar mudanças por meio de pressão
internacional. O ataque ao World Trade Center foi a desculpa para essas ações,
apesar de o Iraque não ter tido ligações com a Al Qaeda, que assumiu a autoria
do ocorrido.”
Estreias da semana
Depois de ver o trailer
de Vice, acompanhe as principais estreias desta semana. Lembrando que clientes
Claro têm 50% de desconto na sala Premier, no Net Cineart Ponteio.
Uma Nova Chance
Jennifer Lopez e Milo
Ventimiglia (o Jack da série This is Us) estrelam esta comédia light e de bom gosto. A atriz e cantora é
Maya, uma caixa de supermercado insatisfeita com sua vida profissional. Mas
tudo muda quando seu currículo é ‘maquiado’ e ela acaba ingressando como uma
executiva de sucesso numa grande empresa.
Normandia Nua
Com o típico humor ácido
francês, Normandia Nua retrata uma situação extrema e peculiar na pequena
cidade de Mêle sur Sarthe, na Normandia, onde os agricultores vêm sofrendo com
uma crise econômica. Quando um fotógrafo famoso, conhecido por deixar multidões
nuas em suas obras, passa pela região, há a chance de chamar a atenção das
autoridades sobre o problema.
A Sereia - Lago dos Mortos
Quem gosta de filmes de
terror com toque sobrenatural tem A Sereia como opção. Ele reinventa a antiga
lenda da criatura metade humana e metade mulher que, não só tenta ter os homens
para si, como aterroriza suas amadas.
O Menino Que Queria Ser Rei
O principal lançamento para
levar as crianças é uma versão da história de Rei Arthur. Desta vez, quem
retira a espada Excalibur da pedra é Alex, um menino de apenas 12 anos, que
sofria bullying na escola. Ele precisa
se fortalecer para enfrentar a meia-irmã do rei, Morgana, e impedi-la de retomar
o poder.