Correios interrompe serviços devido à greve de caminhoneiros
Empresa suspendeu postagem de encomendas com dia e hora marcados
Quem tem encomenda para receber nesta semana deve ficar atento. Os Corrreios anunciaram na tarde da última terça-feira a interrupção dos envios de encomendas com dia e hora marcados, nas modalidades de postagem SEDEX 10, 12 e HOJE. Em nota, a empresa afirmou que a paralisação dos caminhoneiros, que se estende por três dias em quase todo o território nacional, gerou forte impacto em suas operações.
Além da suspensão das atividades do SEDEX 10, 12 e HOJE, a entrega dos serviços SEDEX, PAC e das correspondências também sofrerá acréscimo de 5 dias úteis no prazo enquanto perdurarem os efeitos da greve. "Os Correios estão acompanhando os índices operacionais de qualidade de toda essa cadeia logística e, tão logo a situação do tráfego nas rodovias retorne à normalidade, a empresa reforçará os processos operacionais para minimizar os impactos à população", informou o comunicado da empresa.
Greve
Em seu terceiro dia, a mobilização de caminhoneiros autônomos, aqueles que não são ligados a nenhuma transportadora, já causa consequências para o abastecimento em quase todos os estados do país. Às 12h desta quarta-feira (23), em Minas Gerais, 36 rodovias federais apresentavam interdições, algumas com mais de dois dias e meio de retenção. Na região metropolitana de Belo Horizonte, estradas nas alturas de Betim, Ribeirão das Neves, Caeté, Igarapé e Juatuba apresentavam lentidão, de acordo com o mapa da PRF.
Os caminhoneiros protestam contra o preço dos combustíveis, especialmente do diesel, em rodovias do país e a cobrança de pedágios, mesmo quando os veículos estão com os eixos levantados. O protesto que começou na última segunda-feira (21) é por tempo indeterminado.
Na noite de ontem (22), o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, confirmou acordo feito entre governo e Congresso Nacional para redução do preço do diesel. Guardia disse que o governo eliminará a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel e, em contrapartida, os parlamentares devem aprovar o projeto de reoneração da folha de pagamento.
Com Agência Brasil