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Campanha contra o uso do cerol e da linha chilena em BH começa neste mês

O objetivo das ações é alertar sobre os perigos que a linha chilena e o cerol representam para todos



Créditos da imagem: Daniel Alves/PBH + Rodrigo Clemente/PBH
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Redação Sou BH
04/07/18 às 13:12
Atualizado em 01/02/19 às 19:37

A Prefeitura de Belo Horizonte deu início a mais uma edição da campanha “Cerol Mata”, para combater o uso de cerol e da linha chilena na capital. Este ano, a campanha tem caráter multidisciplinar, com a participação de órgãos municipais, estaduais e representantes da sociedade civil. 

O objetivo da campanha é alertar a todos sobre o perigo que a linha chilena e o cerol representam não somente para quem empina o papagaio, mas também para todo o restante da sociedade, resultando em ferimentos e até em morte, vitimando, sobretudo ciclistas e motociclistas. 

A aproximação das férias escolares e o período marcado pela incidência de ventos fortes – que se estendem de julho até agosto – são fatores que tornam esta época propícia para empinar pipas. Isso aumenta potencialmente o risco de acidentes causados pelo uso de linhas cortantes, motivando a retomada das ações de conscientização da população realizadas pela Patrulha Escolar da Guarda Municipal de Belo Horizonte (GMBH).

Os danos na rede elétrica, que chegam a deixar bairros inteiros sem energia, além dos acidentes que resultam em lesões e demandam atendimento médico, como cortes ou queimaduras causadas por choques durante o contato de fios elétricos com a linha chilena ou com cerol, estão entre os principais alertas da campanha.

Brincadeira X crime

A patrulha feita pela Guarda Municipal em toda a cidade no último domingo (1º), primeiro dia da campanha de 2018, resultou na apreensão de 70 latas envoltas em linha chilena ou com cerol.

No sábado anterior (30), o patrulhamento preventivo rotineiro da Guarda Municipal foi marcado pelo socorro prestado a uma vítima da linha cortante. Agentes que faziam patrulhamento motorizado na avenida dos Andradas, na altura do bairro Pompeia, depararam com o motociclista Ivan Rodrigues de Oliveira, de 25 anos, sentado ao lado de sua moto, gravemente ferido no pescoço por uma linha cortante. Ele foi encaminhado para o Hospital João XXIII, onde permanece internado.

A legislação que proíbe a comercialização e o uso do cerol em BH completa 22 anos, este ano. A Lei 7.189 de 1996 recebeu reforço, em 2003, com a publicação da Lei 8.563. Em 2006, a Lei 9.137 instituiu, na capital mineira, a última semana do mês de junho como a Semana de Conscientização de Combate ao Cerol, enfatizando que o uso de linhas cortantes configura em crime.

Novas parcerias

Durante a campanha “Cerol Mata” de 2017 não houve registros de mortes na capital causadas por acidentes com a linha cortante. Somente entre julho e dezembro daquele ano foram apreendidas pela Guarda Municipal 2.032 latas envoltas em cerol ou linha chilena nas ruas da cidade, seja durante rondas educativas ou por meio de denúncias feitas ao telefone 153.

A campanha contou com o apoio das secretarias municipais de Saúde e de Educação, além da Defesa Civil Municipal. Este ano, a rede de apoio foi ampliada com a participação das secretarias municipais de Cultura, de Esporte e Lazer e de Política Urbana, além da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, da BHTrans e da Fundação Municipal de Cultura.

Outra novidade importante consiste no engajamento dos jovens do Projeto Câmara Mirim, desenvolvido pela Escola do Legislativo da Câmara Municipal (CMBH), em conjunto com a Secretaria Municipal de Educação, a Escola Judiciária do TRE e o Centro Pedagógico da UFMG.

Com a Prefeitura de Belo Horizonte