Criança sem cicatriz não precisa refazer vacina BCG
A recomendação do Ministério da Saúde é imunizar os bebês ao nascerem, ou o mais precocemente possível
Crianças que não apresentarem cicatriz vacinal após
receberem a dose contra a tuberculose – conhecida como BCG – não precisam ser
revacinadas. A recomendação foi divulgada pelo Ministério da Saúde (MS) e está
alinhada com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Comitê Técnico Assessor
de Imunizações.
Por meio de nota, a pasta informou que estudos comprovaram a
eficácia da vacina também em crianças que não ficam com cicatriz após a
aplicação. A orientação, segundo o governo federal, já foi encaminhada aos estados
e municípios.
Prevenção
De acordo com o ministério, a principal maneira de prevenir
a tuberculose em crianças é por meio da BCG, ofertada gratuitamente no Sistema
Único de Saúde (SUS). A dose deve ser dada ao nascer, nas maternidades, ou na
primeira visita da criança ao serviço de saúde, o mais precocemente possível.
A vacina também está disponível na rotina dos serviços para
crianças com menos de cinco anos e protege contra as formas mais graves da
doença, como a tuberculose miliar e a meníngea.
Cobertura
A BCG é uma das doses com maior adesão atualmente no Brasil.
Em 2017, a vacina registrou 96,2% de cobertura em todo o país – acima do recomendado
pelo ministério, de pelo menos 90%.
Em anos anteriores, a taxa ultrapassou os 100%, sendo
107,94% em 2011; 105,7% em 2012; 107,42% em 2013; 107,28% em 2014; e 105,08% em
2015.
Os gestores têm até o mês de abril para atualizar, no
Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI), a situação
vacinal local, mas dados preliminares já indicam uma cobertura, em 2018, de
87,5%.
*Por Paula Laboissière/Agência
Brasil