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PF prende grupo por suspeitas de fraudes no Enem de 2016; Inep descarta cancelar exame deste ano

Além das prisões, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva



Créditos da imagem: Valter Campanato/Agência Brasil
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Candidatos chegam no local da prova no último domingo
Redação Sou BH
08/11/17 às 21:49
Atualizado em 01/02/19 às 19:11

Quatro pessoas foram presas quarta-feira (8) por suspeitas de fraude em concursos públicos e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016. Segundo a Delegacia de Polícia Federal em Juazeiro do Norte (CE), não foram identificados indícios de fraudes no Enem deste ano.

Duas prisões foram em Juazeiro do Norte e outras duas em Fortaleza. Segundo a PF, eles eram os mandantes da organização criminosa. Na operação Adinamia, deflagrada na manhã de hoje, a Polícia Federal também apreendeu celulares, computadores e documentos. O material será analisado em busca de novos indícios dos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude em concursos públicos.

Além das prisões, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva, nos estados do Ceará (Fortaleza, Juazeiro, Barbalha, Mauriti, Abaiara e Lavras da Mangabeira), Paraíba (São José de Piranhas e Cajazeiras) e Piauí (Teresina). As fraudes consistiam na violação antecipada de lacres para acesso às provas do Enem e concursos, além da utilização de ponto eletrônico para a transmissão dos gabaritos.

Inep

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do Enem, informou que trabalha em conjunto com a Polícia Federal para evitar fraudes e que o exame deste ano seguirá com o calendário normalmente. A primeira prova do Enem foi aplicada no último domingo (5) e a segunda está marcada para o próximo domingo (12).

“É importante, neste momento, que os participantes mantenham a calma para a aplicação do segundo dia de provas no próximo domingo, 12 de novembro”, diz o Inep. Neste ano, foram adotadas medidas de segurança adicionais para a realização do Enem, como a adoção de detectores de ponto eletrônico e sensores para identificar o momento exato da abertura dos malotes com as provas.

“Essa colaboração [com a Polícia Federal], ampliada desde 2016, vem permitindo a identificação e a prisão de quadrilhas especializadas em fraudar concursos públicos e processos seletivos, como ocorre nesta data por meio da Operação Adinamia, deflagrada pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal”, completa o Instituto.

Da Agência Brasil