Prefeitura pretende investir R$ 1,5 milhão para abrir 4 mil vagas na educação infantil
Escolas municipais serão adaptadas para receber, prioritariamente, crianças de 4 e 5 anos
A prefeitura da capital estuda abrir novas vagas na rede ensino pública de educação infantil em 2018. Para isso, a ideia da Secretaria Municipal de Educação (SMED) é avaliar o fluxo de
alunos em algumas escolas municipais da cidade, aproveitar salas ociosas e
redistribuir novas turmas para garantir até quatro mil novas vagas no ano que
vem.
Atualmente, a Secretaria recebe alunos da Educação Infantil em 131 Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis), em 13 Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) e 13 escolas de ensino fundamental que contam com turmas de Educação Infantil.
Outra proposta da Secretaria é converter três escolas localizadas em pontos de demanda e vulnerabilidade extremas em escolas de Educação Infantil. A ideia é que uma escola absorva a demanda da outra e, dessa forma, um dos prédios ficaria disponível para a criação de uma escola de Educação Infantil. A comunidade já foi informada da proposta e está em articulação com a Secretaria e com a Diretoria Regional de Ensino Oeste para apontar algumas particularidades dessa mudança, assim como discutir a maneira ideal de fazê-la.
“Sabemos que algumas mudanças geram expectativas, mesmo nos casos de escolas vizinhas, muro com muro. Os professores, pais, alunos e funcionários estão habituados com aquele espaço escolar, pois construíram ali uma história, mas é fato que precisamos pensar nas milhares de crianças que estão excluídas do processo educacional e desenhar estratégias para ampará-las na Rede Municipal o mais rapidamente possível”, explica a subsecretária de Articulação da Política Pedagógica, Edna Borges.
Adaptação do espaço
De acordo com o projeto da Secretaria, a ideia é abrir, prioritariamente,
nesses novos prédios turmas da pré-escola, de alunos de 4 e 5 anos. Atualmente,
todas as crianças dessa idade que buscam vagas na Rede Municipal são atendidas,
mas estudos mostram que ainda há crianças dessa faixa etária fora da escola. O
intuito da Secretaria é promover uma busca ativa por esse público e recebê-lo
nas escolas municipais. Além disso, com essa readequação, seria possível também
oferecer a pré-escola nesses prédios e assim desocupar salas para alunos mais
novos nas Umeis, que são melhor adaptadas para atendimento de crianças na
creche.
De qualquer forma, os prédios que passam a receber alunos da Educação Infantil
terão sua estrutura física adaptada para receber as crianças. Entre as
adaptações estão a reforma de banheiros, refeitórios e, principalmente, da área
de lazer, que terá brinquedos adequados para a faixa etária. “Serão investidos
R$ 1,5 milhão em obras de adequação desses prédios, que estão previstas para
terem início ainda em outubro”, afirma a gerente de Logística, Jussara Fátima
Liberal. Comparando, o custo total de construção de uma única Umei gira em
torno de R$ 5 milhões e a obra exige, em média, quatro anos para ser concluída.
Da Prefeitura de Belo Horizonte