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Mineira cria etiqueta que indica se carne está própria para consumo

Safer Tag é uma das tecnologias aceleradas no FIEMG Lab



Créditos da imagem: Jonathan Santos
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Carinha feliz indica que a carne está própria para o consumo.
Redação Sou BH
24/03/17 às 22:27
Atualizado em 01/02/19 às 19:38

Com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar dos consumidores brasileiros, e quem sabe até estrangeiros, a cientista de alimentos Marcella Rocha Franco, 27 anos, desenvolveu uma etiqueta capaz de identificar se a carne de frango está própria para consumo ou não.  O grupo AS 31 é uma das spin-offs participantes do FIEMG Lab, que nomeou a tecnologia dos adesivos como SAFER TAG.

Com a tecnologia dos adesivos, o consumidor pode verificar, ainda embalado no supermercado, se o produto está ideal para ingestão. “Hoje o produto funciona em frangos, mas a tecnologia tem uma ampla faixa de operação e pode ser otimizada e aplicada em outros grupos de alimentos perecíveis”, explica Marcella.

O projeto começou há três anos, durante o trabalho de conclusão de curso da belo-horizontina Marcella, que hoje é mestre em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Ouro Preto. A cientista faz parte de um grupo de pesquisa do departamento de física dentro da UFOP, o Laboratório de Polímeros e Propriedade Eletrônica de Materiais (LAPEM). Completando o trio que fica à frente do projeto, está o professor e coordenador do laboratório, Rodrigo Bianchi, e a engenheira de alimentos e pesquisadora, Luciana Rodrigues da Cunha.  

Atualmente, com a parceria do FIEMG Lab, programa que transforma tecnologia em produto para o mercado, o grupo busca parceiros para testes em escala industrial, para em seguida fazer os reparos necessários.

COMO FUNCIONA
A tag tem substâncias que, em contato com o alimento, vão reagir com o meio e a partir da mudança de cor, por meio do sensor colorimétrico, vai indicar a alteração do frescor do produto perecível. Vale lembrar que essas substâncias são compostos atóxicos que constam na lista positiva da Anvisa, permitindo assim esse contato com a carne. Na imagem, a carinha feliz indica que a carne está própria para o consumo. O contrário, a carinha triste em destaque atesta que a carne não deve ser ingerida.