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Financiamento coletivo busca aperfeiçoar app que ajuda mulheres a escolher rotas seguras

O aplicativo Malalai, lançado por arquiteta mineira, entra em nova etapa de expansão



Créditos da imagem:
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Redação Sou BH
21/10/17 às 19:42
Atualizado em 01/02/19 às 19:09


Divulgação/Malalai

Um
aplicativo criado por uma arquiteta mineira tem minimizado os riscos de violência sexual contra mulheres. A ferramenta oferece informações para ajudar na escolha da melhor rota e ainda possibilita um botão de emergência para avisar amigos e familiares.

Malalai, idealizado por Priscila Gama, já pode ser baixado numa versão de teste para Android, e agora parte para a próxima etapa do seu aperfeiçoamento: versão para iOS, versão final e acessórios que permitem disparar a emergência sem que a necessidade de encostar no telefone. Para isso, está aberta uma campanha de financiamento coletivo com sete níveis de apoio.

São quatro faixas de R$ 15 a R$ 65. Dependendo do valor, existem quatro entregas diferentes: e-mail de gratidão, nome no mural, ilustração e porta-fone. E também há três pacotes que contemplam a inclusão da foto ou marca do apoiador no site da Malalai: de R$ 300 a R$ 1 mil.

Para conferir com detalhes todas as faixas e entregas, 
basta clicar aqui.


"O apoiador pode contribuir para uma solução gratuita pra várias mulheres, independentemente de classe econômica. O mapeamento colaborativo traz benefícios pra todos, uma vez que se tem informação de segurança pra cidade e todos podem ter acesso", afirma ao SouBH a criadora do app Priscila Gama.

A arquiteta reforça ainda que a iniciativa pode, inclusive, contribuir com o poder público. "
Pode-se, por exemplo, cruzar informação de baixa luminosidade com registros de violência de maneira geral. E traçar políticas públicas mais assertivas", completa.

Malalai

A ideia surgiu em 2015 quando Priscila Gama leu na hashtag #PrimeiroAssédio relatos de violência contra mulheres que se deslocavam sozinhas. Juntou-se ao programador Henrique Mendes no evento Startup Weekend e de lá, foram convidados a participar do programa de pré-aceleração Lemonade.

O aplicativo, então, foi lançado em versão de teste. 
É possível, através de um botão de emergência que pode ser colocado em qualquer tela do celular, envio de SMS com pedido de ajuda e localização para contato cadastrados. Em versões posteriores, também será realizada ligação telefônica para um dos contatos e armazenamento de dois minutos de áudio.

A usuária pode selecionar característica do trajeto e contatos para os quais o app liga em caso de emergência; layout do novo app já está pronto (terceira tela) (Divulgação/Malalai)

A solução conta ainda com uma tecnologia vestível, um acessório que cumpre a mesma função do botão de emergência citado acima, porém o pedido de ajuda ocorre de forma rápida e discreta, já que não é preciso tocar no celular. O acessório pode ser utilizado como um anel ou colar.

Este acessório, inclusive, será sorteado para os apoiadores que participarem da campanha de financiamento coletivo. Serão realizados sorteios nos dias 5 de novembro e 20 de dezembro.


Aparelho para acionar a emergência (Divulgação/Malalai)

O principal diferencial, é que a solução busca uma solução focada em três frentes: preventiva, com o mapeamento colaborativo, subjetiva, relacionada à sensação de segurança que se tem com a companhia virtual, e emergencial, proporcionada tanto pelo botão no aplicativo gratuito quanto pelo acessório.


Aparelho usado como colar (Divulgação/Malalai)

O que é financiamento coletivo?

Financiamento coletivo = crowdfunding = vaquinha online.

Funciona assim:

1. Uma ou mais pessoas têm uma ideia que beneficia muita gente, mas não têm recursos para executá-la;

2. Estas pessoas saem em busca de outras que querem ver a ideia sair do papel e estão dispostas a doar um valor para o projeto em troca de recompensas;

3. Se o valor necessário for alcançado, o projeto é realizado e todos podem usufruir.