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Virada Cultural de BH tem grande estreia

Diogo Nogueira fez bonito em seu show e surpreendeu subindo no palco com Renegado



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O sambista Diogo Nogueira e o rapper Flávio Renegado juntos no palco da Praça da Estação na Virada Cultural
Redação Sou BH
31/08/14 às 21:28
Atualizado em 01/02/19 às 19:58

Uma festa onde estão os caras do samba, do rap, do brega, do jazz, do reggae e da mpb, todos juntos. Isso existe? Sim! E essa festa é a Virada Cultural BH. Desde as 18h30 deste sábado, dia 30 de agosto, Belo Horizonte tornou-se um grande palco onde todas as expressões artísticas têm espaço e vez. Ao todo são nove placos espalhados pela cidade e cerca de 400 atrações.

Para começar a festa, o portal SouBH juntamente com o projeto #ClaroExperiências, fez da avenida dos Andradas, em frente à Praça da Estação, um picadeiro com apresentação de acrobatas que encantaram o público com sua agilidade e leveza. A atração ainda acontecerá mais duas vezes durante a Virada Cultural.

Veja a cobertura fotográfica da Virada Cultural na Praça da Estação.

Palco Praça da Estação

A abertura oficial do evento foi com show do sambista Diogo Nogueira acompanhado da Orquestra do SESI Minas. Durante uma hora e meia, o cantor fez o público sambar, cantar e, algumas moças se descabelarem. Como a estudante Letícia Vieira, de 30 anos, que estava acompanhada de seu namorado, o vigilante Fabiano Martins, de 32. Enquanto a moça sambava e chorava ao ver o cantor descendo do palco e chegando mais perto do público, ele disse: “Minha mulher é muito fã do Diogo. Vê-la desse jeito, realizando o sonho de estar perto dele, me faz feliz”, conta. O casal, que estava com mais três amigos, ia passar ainda pela Savassi e Praça Sete.

Depois de Diogo, a carioca radicada em Minas, Aline Calixto, subiu ao palco. A moça trouxe gingado, festa e animação. O público cantou com ela sucessos de Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Paulo César Pinheiro e Affonsinho.

O rap ditou o ritmo da Praça da Estação assim que o cantor mineiro Flávio Renegado começou a sua apresentação. Ele fez o público levantar as mãos e cantar junto dele sucesso de Jair Rodrigues, além de canções próprias. Até o sambista Diogo Nogueira se contagiou e surpreendeu o rapper voltando ao palco. Renegado pediu aplausos e disse para o sambista: “Cara, que legal você vir aqui. Vamos fazer alguma coisa de improviso juntos”. Dessa ideia saiu o hit de Tim Maia, "Que Beleza". A vendedora Patrícia Moura, de 39 anos, estava empolgada. “Sou muito fã do Renegado e também do Diogo. Amei ver os dois no palco. Vou ficar até o Raimundos”, disse.

Palco Aarão Reis

Os shows do palco da rua Aarão Reis atrasaram devido a um problema técnico no som. Nada que tirasse o público do local. A banda mineira de rap Julgamento subiu ao palco com meia hora de atraso e fez o público gritar sua poesia com letras engajadas.

Palco Guaicurus

A grande novidade desta segunda edição da Virada Cultural BH é o palco da rua Guaicurus. Muitos dos que estavam lá foram pela representatividade da via e para ver o baiano Tom Zé. O vendedor Gabriel Sousa foi um deles. “Vim direto para cá, porque quero ver o Tom Zé. Além disso, essa rua é uma das mais famosas de BH, é mitológica”, explicou.

O tatuador Christian Douglas disse que a Guaicurus estava cumprindo, na Virada Cultural, uma função social. “A Guaicurus hoje está unindo todas as classes e estilos. Isso é fantástico”, ressaltou. No palco montado na rua tinha um grande globo de espelhos que remetia aos cabarés, tema do tablado da via. Lá aconteceu o show de pole dance com Naiara Beleza, e o show do cantor mineiro, Márcio Greyck, que fez muito sucesso na década de 1970.

Palco Praça Sete

O palco da Praça Sete apresentou na primeira parte da Virada Cultural atrações mais voltadas para o público que gosta da música brasileira e música de câmara. A Orquestra de Câmara Opus convidou o flautista e saxofonista Derico, da banda Sexteto do Programa do Jô.

Segurança

Muitos dos presentes na Praça da Estação estavam elogiando a segurança do evento. O gestor cultural Carlos Lello disse que estava se sentindo muito seguro na festa. “Olha em volta, há policiais muito bem posicionados e também há as câmeras. Estou me sentindo muito tranquilo aqui”, disse. O vigilante Fabiano Martins também ressaltou este ponto. “Como vigilante, trabalhei em grandes shows e eventos fechados que tiveram brigas e confusão. Aqui não tem nada. Nem briga, nem confusão”, afirma. Já o jornalista Pedro Pitanguy, de 27 anos, que estava na Praça Sete, disse que, pelo evento ser grande, não sentiu mudanças na segurança. “Não estou sentindo segurança nem demais, nem de menos”, afirmou.

A Virada Cultural continua neste domingo, 31 de agosto, até as 19h30.