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Viaduto Castelo Branco agora é Helena Greco

<p>Projeto foi promulgado pelo presidente em exercício da Câmara Municipal, Wellington Magalhães</p>



Créditos da imagem:
Main 0205 viaduto castelo branco
Redação Sou BH
12/08/14 às 13:39
Atualizado em 01/02/19 às 19:10

O viaduto Castelo Branco, que faz o prolongamento da Avenida Bias Fortes em direção ao Bairro Carlos Prates, no centro de Belo Horizonte, agora se chama: Helena Greco. A substituição do nome, homenagem feita em 1971 por decreto municipal ao presidente do regime militar, pelo da ex-vereadora e militante pelos Direitos Humanos foi promulgada nesta quarta (30).

O projeto que deu origem à lei foi apresentado pelo vereador Tarcísio Caixeta, que considerou sua sanção como símbolo do resgate da história das pessoas, que, como Helena Greco, lutaram pela redemocratização do país.  

Em 2012, a Câmara aprovou projeto de Tarcísio Caixeta que renomeava dois viadutos da cidade: o viaduto Costa e Silva virou José Maria Magalhães, mas a mudança do Castelo Branco pelo de Helena Greco não foi aceita pela Câmara, na época. Com isso, o viaduto ficou, desde dezembro daquele ano, sem nome.  

Helena Greco nasceu em Abaeté, na região Central de Minas. Era formada em farmácia, mas foi na militância política que encontrou sua vocação.  Sua militância iniciou-se na época da ditadura. Ela foi uma das principais responsáveis pelo movimento em favor da anistia no país. Foi presidente e fundadora do Movimento Feminino pela Anistia em Minas Gerias, em 1977, e do Comitê Brasileiro de Anistia, em 1978.

Em 1983, Helena Greco foi eleita vereadora, pelo PT, partido do qual foi uma das fundadoras. Em seu primeiro mandato, foi responsável pela primeira troca de nome de rua que homenageava pessoa comprometida com a ditadura. A rua levava o nome de Dan Mitrione, agente norte-americano que veio a Belo Horizonte e outras capitais do país para treinar os policiais brasileiros na aplicação de técnicas de tortura durante o regime militar.