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Sarampo: vacina é a melhor proteção contra a doença!

A crise humanitária da Venezuela reacendeu a preocupação com a doença que já estava erradicada no Brasil



Créditos da imagem: Banco de Imagens/Shutterstock
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Redação Sou BH
27/04/18 às 16:04
Atualizado em 01/02/19 às 19:31

A crise humanitária da Venezuela – que tem levado cidadãos do país a migrarem para cidades de Roraima – reacendeu a preocupação com uma doença que já estava erradicada no Brasil: o sarampo.

Segundo dados publicados pela Coordenação de Doenças e Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em 26 de março, a Secretaria Estadual de Saúde de Roraima divulgou que existiam, nesta data, 141 casos suspeitos de sarampo, dos quais 29 casos foram confirmados pelo Estado. Eles informam que o Estado do Amazonas também encontra-se sob alerta, com 4 casos confirmados para a doença, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ).

Esses números motivam outra preocupação: será que a doença pode se espalhar para o sudeste e chegar até Minas Gerais? De acordo com Ana Luísa Furtado Cury, referência técnica no diagnóstico de sarampo, rubéola e vírus Respiratórios do Serviço de Virologia e Riquetsioses da Funed, é importante considerar que o vírus do sarampo tem transmissibilidade alta e que a vacinação ainda é a melhor forma de combate, por meio das vacinas tríplice (contra caxumba, rubéola e sarampo) e tetra viral (tríplice + varicela).

“A Funed é referência no diagnóstico do sarampo no Estado e o investigação laboratorial é realizada mediante a detecção de anticorpos IgM e IgG no soro. O caso suspeito é confirmado ou descartado, de acordo com a interpretação dos resultados dos exames sorológicos”, esclarece. Em situações especiais, é recomendada a coleta de amostras de secreção naso-orofaríngea ou urina para a detecção e genotipagem do vírus. Esses exames são feitos no Laboratório de Referência Nacional para o diagnóstico de Doenças Exantemáticas, que fica na Fiocruz-RJ.

Como o sarampo é uma doença de notificação compulsória, os órgãos de vigilância epidemiológica mantêm um controle sobre os casos da doença. Esse acompanhamento é feito mediante preenchimento de fichas de notificação e investigação de cada paciente suspeito. Por meio desses dados, é possível traçar medidas de vigilância mais eficazes e perceber possíveis focos da doença. Em 2018, chegaram para investigação na Funed 29 amostras com suspeita de sarampo, sendo que nenhum caso foi confirmado até o momento.

A Fundação recebe, por meio do Serviço de Gerenciamento de Amostras Biológicas (SGAB), amostras dos 853 municípios do estado de Minas Gerais. As amostras são conferidas, acondicionadas, triadas no sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) e só depois deste processo são encaminhadas ao laboratório para realização dos exames. Os laudos são liberados através desta plataforma e ficam disponíveis para o solicitante em tempo real no prazo de 4 dias corridos a partir da entrada da amostra na Funed.

De acordo com informações do Guia de Vigilância em Saúde, edição de 2017, o comportamento endêmico-epidêmico do sarampo varia de um local para outro, e depende basicamente da relação entre o grau de imunidade e a suscetibilidade da população, bem como da circulação do vírus na área.

Você e sua família já se vacinaram contra o sarampo? As vacinas são aplicadas gratuitamente em todos os postos de saúde, de acordo com os critérios estabelecidos no calendário básico de vacinação. Confira as datas aqui e mantenha seu cartão de vacinas em dia.

Para outras informações, acesse o site.