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Restauração do Cine Pathé pode começar neste mês

<p>De acordo com escritório responsável pelo projeto, largada para a reconstrução deve ser dada nas próximas semanas</p>



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Redação Sou BH
12/08/14 às 13:38
Atualizado em 01/02/19 às 19:50

O início das obras de revitalização do Cine Pathé pode estar próximo. Segundo o escritório de arquitetura Farkasvölgyi, responsável pelo projeto, a largada para a restauração deve ser dada nas próximas semanas. A expectativa é que a Prefeitura realize um evento oficial para comunicar a aprovação do projeto de reabertura do cinema nos conselhos municipais ? o imóvel é tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal, que proíbe que sejam feitas alterações na fachada.

A restauração do Cine Pathé será realizada junto à construção de um edifício comercial de nove andares. O cinema será reconstruído no térreo do edifício, mas terá entrada independente: o Pathé, com entrada na Cristóvão Colombo; e o edifício, na rua Alagoas.

A previsão inicial era que o cinema seria reaberto em 2015, mas a data só deve ser confirmada após o evento de aprovação do projeto.

Como será o Pathé reformado

O projeto de reconstrução do Pathé deve manter a estrutura original, com apenas uma sala de projeção, que será multiuso. Com espaço para 252 cadeiras e 449 m², incluindo assentos para pessoas com necessidades especiais e poltronas para obesos, a sala terá piso inclinado com possibilidade de ser regulado para receber outras atividades.

A sala também irá ter um palco, salas de apoio, camarim e sala para equipamentos. A proposta da Fundação Municipal de Cultura é que a sala apresente obras fora do circuito comercial. No mesmo andar, haverá um café. Além disso, o Pathé irá contar com um mezanino de 144 m² e área para exposições e uma sala que poderá ser utilizada para arquivos e projeções do Centro de Referência Audioviusual (CRAV). O projeto pode sofrer alterações.

Pathé já passou por várias tentativas de resgate

Inaugurado em 1948, o Pathé encerrou as atividades na década de 1990. O imóvel, que já serviu de estacionamento no início dos anos 2000, também abrigou uma galeria de lojas e uma igreja da Renascer em Cristo.

Como explica Celina Albano, presidente da Associação Pró-Cultura (APA) e que foi secretária municipal de cultura de BH de 2001 a 2004, a Prefeitura tentou recuperar o lugar quando deixou de ser igreja e ainda mantinha as cadeiras originais, mas os donos cobravam um aluguel muito alto. Na época, o aluguel girava em torno dos R$ 25 mil ? menos da metade dos R$ 65 mil cobrados em 2012.

?Tínhamos fechado patrocínio com a MBR, a Gerdau, a Acesita, mas precisávamos ser os donos do imóvel para retornar com o cinema. Em certa ocasião, até o governador Aécio Neves demonstrou interesse, mas o valor cobrado pelo imóvel era muito alto?, afirma.

 

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