FecharX

Potencialidades da Pampulha para se tornar patrimômio cultural serão avaliadas em setembro

O Conjunto Moderno da Pampulha pode se tornar, em junho de 2016, Patrimônio Cultural da Humanidade



Créditos da imagem: Charles Tôrres / Belo Horizonte - Uma Foto Por Dia
Main 183433 pampulha charles torres
Igrejinha da Pampulha refletida no Espelho d'água
Redação Sou BH
30/07/15 às 18:35
Atualizado em 01/02/19 às 19:22

Por Nádia Assis, do Diário do Comércio

O Conjunto Moderno da Pampulha pode se tornar, em junho de 2016, Patrimônio Cultural da Humanidade. Submetida no final de 2014, a candidatura foi aceita pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em março deste ano. A expectativa é de que representantes da entidade visitem a capital mineira em setembro, com o objetivo de avaliar as potencialidades do local.

O conjunto candidato é formado por cinco edifícios articulados em torno do espelho d"água da Lagoa da Pampulha: Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte (Casa do Baile), Casa Kubitscheck, Iate Tênis Clube, Igreja São Francisco de Assis e Museu de Arte da Pampulha. Todos eles são resultado do trabalho do arquiteto Oscar Niemeyer e foram construídos entre 1942 e 1943.

Para discutir as possíveis oportunidades de negócios geradas com a conquista do título, a diretoria do Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau (BHC&VB) se reuniu com os diretores das principais entidades ligadas ao turismo, além de representantes dos governos Estadual e Municipal.

O presidente do BHC&VB, Anderson Rocha, ressalta que, independentemente da decisão final, a candidatura já coloca Belo Horizonte em posição de destaque. "A Pampulha faz parte da história da cidade e é mundialmente reconhecida como atrativo turístico", afirmou ele, acrescentando que a entrada da região na lista deve ajudar a movimentar ainda mais os hotéis e restaurantes da região, além de fomentar a realização de mais eventos.

De acordo com a diretora de Museus e Centros de Referência da Fundação Municipal de Cultura, Luciana Rocha Féres, a Pampulha se torna um polo atrator de novos negócios com o título. "A região deve ganhar novos visitantes, que vão demandar outros serviços. Esse olhar internacional gera uma grande valorização na cidade e leva à promoção de um desenvolvimento social e econômico em todas as instâncias", avaliou.

Para ela, as chances de aprovação são grandes, apesar de alguns pontos críticos que devem ser levantados pelos avaliadores da Unesco em setembro. "Não há um impedimento real, pois o que se verifica é o plano e o cronograma das ações para solucionar as questões. Já temos um diagnóstico claros dos problemas e quais são as soluções e os responsáveis. Além disso, temos uma vantagem competitiva bastante significativa, que é o fato da Pampulha ser um patrimônio oriundo da arquitetura moderna", disse.

Atualmente, a lista da Unesco conta com 1.007 sítios, de 161 países, sendo 779 culturais, 197 naturais e 31 mistos. O Brasil já conta com 19 bens inscritos, três deles localizados em Minas Gerais: a Cidade Histórica de Ouro Preto (região Central); o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas do Campo (região Central) e o Centro Histórico de Diamantina (região do Campo das Vertentes).