Pessoas acima de 60 anos querem mais atividades de lazer em BH
Pesquisa da CDL mapeou as preferências de consumo e as características desse público
A população mineira com mais de 60 anos é
conectada ao mundo digital, não gosta de ser chamada de idosa, investe em
cursos e outras opções de lazer. Os
dados são de um levantamento divulgado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de
Belo Horizonte (CDL-BH), nesta terça-feira (21).
O estudo apresenta o perfil e comportamento de mineiros 60+ com o objetivo de melhorar o ambiente e inserir esse público no mercado.
Umas das reclamações de quem tem está nessa faixa etária é o tratamento recebido na sociedade: dois a cada dez já sofreram preconceito por causa da idade. Para 36%, a cortesia dos vendedores é um dos fatores decisivos para a compra.
Esse ponto leva a outro: a nomenclatura utilizada para classificar esse grupo: 27% preferem utilizar o termo “melhor idade”, 11% “terceira idade”, 10% “60+” e 6% “sênior”. Um a cada três mineiros acredita que “maduro” é palavra ideal. Apenas 10% dos entrevistados julgam “idoso” a forma mais adequada para se referir a eles.
Lazer e segurança
Outra questão levantada são os eventos na cidade: 68% afirmam que há pouca ou nenhuma opção de lazer com temas que interessam a quem tem mais de 60 anos.
“A pauta de entretenimento e lazer nas cidades não abarca esse público. Existe uma pluralidade de eventos diurnos para jovens.”, afirma Lívia Hollerbach, cofundadora da Pipe.Social, empresa responsável pelo estudo.
Segurança é mais um ponto abordado na pesquisa e mostra que, com o passar dos anos, as pessoas preferem ficar perto de casa. Entre os pesquisados, 38% circulam mais pelo próprio bairro; 45% preferem a região mais próxima e às vezes vão as outras áreas da cidade e apenas 17% circulam por todos os locais.
Tecnologia
Quem pensa que a “melhor idade” não acompanha as tecnologias está por fora. A maioria desse grupo está conectada ao mundo digital: 80% possuem computador ou notebook, 90% têm smartphone e 88% preferem utilizar o Facebook como rede social.
Demandas
Além de precisarem de bens como vestuário, calçados e acessórios, os mineiros 60+ também definem outras categorias como prioridades na hora de consumir: cursos em geral (39%), serviços de turismo (33%) e aulas de idiomas (25%).
A pesquisa
O levantamento “Tendências do Mercado Prateado de Minas Gerais foi conduzido pelas empresas Pipe.Social e Hype60+, que a partir de um estudo nacional, traçou um recorte no território mineiro.