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PBH anuncia investimento de R$ 9 milhões para facilitar a produção de filmes na capital

O programa BH nas Telas vai fomentar o setor audiovisual e facilitar a criação regional de festivais, pesquisas e até games



Créditos da imagem: Amira Hissa/PBH
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Redação Sou BH
19/11/18 às 11:40
Atualizado em 01/02/19 às 19:43

Por Júlia Alves

Destacando a importância da cultura e, principalmente, do setor de audiovisual, a Prefeitura de Belo Horizonte criou um programa focado nesta área na capital, o BH nas Telas. Com um orçamento previsto de R$ 9 milhões – valor três vezes maior que a média de investimento anual no setor – o projeto busca facilitar a produção de filmes, festivais, pesquisas e até games, tudo feito pelas mãos dos belo-horizontinos.

O Programa de Desenvolvimento do Audiovisual, ou BH nas Telas, nasceu para incentivar a produção cultural da cidade. A ideia é alavancar a produção de curtas e longas-metragens, pesquisas, projetos comunitários que descentralizem a criação desses materiais em BH, assim como festivais e o desenvolvimento de games para mobile que tenham como base histórias de quadrinistas da capital. Além disso, o projeto vai estruturar a Belo Horizonte Film Comission e o Núcleo de Produção Digital, com o intuito de desburocratizar a produção de filmes nas ruas e formar novos profissionais da área, respectivamente.

Para o secretário de Cultura de BH, Juca Ferreira, projetos como este são imprescindíveis para incentivar o cenário cultural da cidade. “Precisamos criar melhores condições possíveis para o desenvolvimento cultural e o acesso de todos à cultura. Belo Horizonte é um dos maiores polos culturais do Brasil, e precisa assumir isso”, pontua o secretário.

Os recursos serão para o próximo ano e o projeto tem o objetivo de movimentar o setor, trazendo os olhos do Brasil e do mundo para a produção regional. De acordo com o prefeito Alexandre Kalil, a iniciativa de reestruturar a produção da área é um ponto importante da gestão, assim como a manutenção dos incentivos à cultura. “O que eu posso dizer é que o setor audiovisual de Belo Horizonte não tem volta. Nada que se inicia nessa Prefeitura, nessa gestão, vai parar, vai voltar ou vai diminuir”, afirmou.

Sobre outros projetos culturais, o prefeito garante que a PBH está fazendo o fomento da área há dois anos, sendo uma questão de “colocar gente certa no lugar certo”. Já em relação à Virada Cultural, um dos mais marcantes festivais da cidade e que foi adiado novamente para o próximo ano, Kalil explica que a Secretaria de Cultura achou melhor o adiamento para garantir uma edição bem feita e ele acatou o pedido. A previsão é de que a Virada aconteça no primeiro semestre de 2019.

O programa

Com a publicação de editais, a ideia do BH nas Telas é criar um programa de investimento focado em produção, investimento e divulgação, tudo focado em atender quatro diretrizes: fortalecimento do mercado audiovisual, a redemocratização do acesso à imagem, o investimento em inovação tecnológica e políticas diversas que atendam vários ramos.

O financiamento desta nova iniciativa aconteceu a partir de um acordo entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Ancine, com isso, o valor atualmente destinado ao setor via Fundo Municipal de Cultura será ampliado de R$ 1,3 milhão para R$ 6,5 milhões. Além desse recurso, tem a previsão de R$ 2,2 milhões investidos por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, e R$ 375 mil destinados à implantação do Núcleo de Produção Digital, em um investimento de aproximadamente R$ 9 milhões no setor em 2019, valor três vezes maior que a média dos anos anteriores.