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PBH confirma paciente internado por febre amarela; mutirão será realizado sábado

Diante das circunstâncias, PBH faz ação de vacinação no sábado



Créditos da imagem: Agência Brasília
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Redação Sou BH
17/01/18 às 20:31
Atualizado em 01/02/19 às 19:19

* Ao contrário do que o SouBH publicou anteriormente, não foi registrado novo óbito por febre amarela na capital mineira em 2018. Até às 17h15 de quarta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde havia anotado uma morte de residente de BH pela doença, ocorrida no último dia 11. Este texto foi atualizado para corrigir a informação  

Um novo caso de febre amarela de um residente de BH foi confirmado. De acordo com a nota emitida pela Prefeitura de Belo Horizonte na tarde desta quarta-feira (17), o paciente é do sexo masculino, tinha 49 anos e mora região Centro-Sul da capital. 

Ainda segundo a nota, a transmissão não ocorreu no perímetro urbano e a vítima não tinha registro de vacina. O resultado do exame que concluiu a contração da doença saiu no dia 16 de janeiro. 
O caso foi notificado à Secretaria Municipal de Saúde no dia 10 de janeiro, quando o órgão afirma ter intensificado imediatamente as ações de controle de zoonoses e vacinação. 

Uma dessas ações consiste na
abertura de novos horários para a aplicação do medicamento. No próximo sábado (20), acontece uma operação especial de vacinação, quando os 152 centros de saúde de BH vão estar abertos das 8h às 17h para oferecer as doses da imunização aos cidadãos belo-horizontinos.

Na terça-feira (16), a Prefeitura de Belo Horizonte confirmou a
primeira e única morte, em 2018, por febre amarela de um residente da capital mineira. A vítima não era vacinada, morava no Barreiro e contraiu a doença fora da capital mineira.

Não se vacinar é a principal razão da ocorrência de casos de febre amarela

Em todo o estado, já foram confirmados 22 casos, sendo que 15 evoluíram para óbito. Até o momento, não há relato de vacinação para a Febre Amarela entre os casos confirmados.

Entre as ações definidas pela Secretaria Estadual de Saúde para controlar a febre amarela nas áreas rurais e manter a incidência zero de febre amarela urbana, destacam-se as campanhas educativas sobre a necessidade de vacinação, ampliação dos horários de vacinação nas unidades de saúde, a vacinação casa a casa na zona rural dos municípios com casos confirmados ou com epizootias (morte de primatas) confirmadas para a febre amarela e o aumento no número de equipes de saúde nas regiões e também parceria entre as áreas de Atenção Primária e Vigilância em Saúde.

Segundo a diretora de Políticas de Atenção Primária à Saúde da SES-MG, Mayla Magalhães, essa parceria tem possibilitado a identificação das pessoas não vacinadas, checagem do cartão e atualização da vacina.

“Especificamente neste momento de enfrentamento da febre amarela, essas áreas disponibilizam o diagnóstico situacional que permite a localização da população que ainda não está vacinada. Os agentes comunitários de saúde têm papel importante na criação do vínculo e nas relações de confiança com a população, pois fazem parte da comunidade e estão diariamente na rotina do município”, diz.

Ainda de acordo com a diretora, “os agentes comunitários de saúde realizam visitas domiciliares, fazendo o acompanhamento dos cartões de vacina e prestando orientações à população, no intuito de mobilizá-las para as ações de prevenção e controle da doença.  As informações coletadas durante as visitas domiciliares possibilitam, também, que as equipes de Atenção Primária planejem suas ações e adotem as medidas efetivas no enfrentamento à febre amarela”, explica Mayla.

Essas e todas as outras ações desempenhadas pelo Estado desde a primeira notificação da doença, em janeiro de 2017, contribuíram para que Minas Gerais alcançasse a atual cobertura vacinal de 81%, índice superior ao registrado no mesmo período de 2016, que era de 47%.

Esse aumento coopera diretamente para o controle da ocorrência da doença, mas o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde, Rodrigo Said, ressalta que mesmo com essa cobertura, ainda há mais de 3,6 milhões de pessoas não vacinadas no estado. 

“Temos um grande trabalho pela frente para alcançarmos a cobertura ideal de 95% de pessoas vacinadas. As estatísticas apontam uma cobertura menor entre indivíduos do sexo masculino, entre 15 e 59 anos. Apesar de todos os esforços realizados ao longo de 2017, ainda temos o desafio de aumentar essa cobertura em nosso estado, pois o vazio vacinal é o principal responsável pela ocorrência de casos. É extremamente necessário intensificar a vacinação em todos os municípios, principalmente nas áreas rurais”, afirma.

Imunização

Atualmente o estado está abastecido com mais de um milhão de doses da vacina, que já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. A vacina é indicada para crianças a partir de 9 meses e jovens e adultos com até 59 anos de idade. 

Atualmente, a cobertura vacinal acumulada de febre amarela em Minas Gerais está em torno de 81%, contudo a meta é alcançar a cobertura de 95%. Ainda há uma estimativa de 3.615.129 não vacinados, principalmente na faixa-etária de 15 a 59 anos, que também foi a mais acometida pelo surto em 2017.

As regionais com menor taxa de vacinação são Pouso Alegre, no Sul de Minas (66,6%), São João del-Rei, no Centro Sul (69,1%) e Ponte Nova, no Leste (71%). Além disso, há 342 municípios mineiros que não atingiram a meta vacinal.

Alguns destes estão com a cobertura abaixo dos 40%, como Bias Fortes (regional de Juiz de Fora) com 34,5%; Aiuruoca (regional de Varginha) com 35,8%, Santana do Jacaré (regional de Divinópolis) com 36,8, Pocrane (regional de Manhumirim) com 37,3% e Formoso (regional de Unaí) com 39,9%.

Com Agência Minas