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Museu Mineiro inaugura novas instalações e estreia exposição de longa duração

Neste sábado, o público será recebido com show de Vitor Santana



Créditos da imagem: Israel Crispim
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Redação Sou BH
13/12/18 às 15:01
Atualizado em 01/02/19 às 19:44

Neste sábado (15), o Museu Mineiro inaugura uma nova exposição de longa-duração, Minas das Artes, Histórias Gerais. A programação também conta com a abertura da mostra temporária de fotografias Fé e Devoção no Sertão de Rosa, o lançamento do novo portal do Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais (SEMMG) e o recebimento da Coleção de Imagens de Devoção Popular, com 269 peças dos séculos XVIII e XIX.   

O público será recebido com apresentação musical de Vitor Santana e banda, com clássicos da MPB e do Clube da Esquina. A programação começa às 11h e tem entrada gratuita.

Na parte estrutural, o museu também passou por mudanças: expandiu a área de convivência e renovou a infraestrutura, com investimentos em sistema de segurança, instalações elétricas e luminotécnicas, restauração de elementos artísticos, sinalização, recuperação de pisos e da pintura interna e externa.

A nova exposição vai mostrar peças que jamais foram exibidas ou que há muito estavam guardadas na reserva técnica.  O desenho expográfico de Minas das Artes, Histórias Gerais tem a seguinte composição: 

Sala Minas Gerais: original e múltipla – traz a cronologia da história da formação da cultura mineira; objetos históricos, com destaque para a bandeira dos Inconfidentes; e pinturas monumentais, como Cena de Garimpo de Emiliano Di Cavalcanti (1957, óleo sobre tela) e Guerra dos Emboabas de Carybé (1962, óleo sobre tela).

Sala As Capitais – exibe pinturas referentes às três cidades que já foram capitais do Estado de Minas Gerais (Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte), com destaque para o Panorama de Mariana de Alberto Delpino (1931, óleo sobre tela), Procissão em Ouro Preto de Renato de Lima (década de 1970, óleo sobre tela) e Comissão Construtora da Nova Capital de Henrique Oswald (século 19, óleo sobre tela), onde se vê o engenheiro e urbanista Aarão Reis mostrando sua famosa planta da Cidade de Minas, que iria se tornar Belo Horizonte.

Sala Mestre Ataíde e Santeiros Populares – homenageia o grande pintor barroco, com a exibição do conjunto de seis telas de cavalete, que faziam parte da capelinha da Fazenda de Cima, em São Domingos do Prata, de propriedade do Sr. José Marques. Em 1986, após oito anos de negociações e pesquisas, o Governo do Estado adquiriu as seis telas, por intermédio da Rede Manchete Minas, transferindo-as para o Museu Mineiro. Nessa sala será abrigada também a Coleção de Imagens de Devoção Popular recém-incorporada ao acervo do Museu Mineiro.

Sala das Colunas – local dedicado à exibição de peças de arte sacra, a maioria datada dos séculos 18 e 19, resultado do trabalho de artistas portugueses e brasileiros. São imagens, objetos de culto, fragmentos de altares e mobiliário provenientes de igrejas paroquiais, capelas, ermidas e residências particulares que, embora continuem sendo para alguns objetos de fé e devoção, passam a assumir o caráter de obra de arte ao serem incorporadas à exposição de longa-duração. Para desenvolvimento desse módulo, buscou-se a narrativa histórica, tendo como fio condutor a trajetória de Jesus Cristo, figura central do cristianismo.

Sala das Sessões - recebeu o acervo pictórico mais antigo do Museu Mineiro, com características clássicas ou acadêmicas. Entre as obras expostas destacam-se: A Má Notícia de Belmiro de Almeida (1897, óleo sobre tela); Retrato de Jovem (1886, óleo sob tela) e O Pastor egípcio (1887, óleo sob tela) de Honório Esteves; Fazenda da Borda (1921, óleo sobre tela) de Anibal Mattos; Morro do Castelo (1920, óleo sobre tela) de Genesco Murta.

Sala Jeanne Milde - o Museu Mineiro homenageia a grande escultora belga, naturalizada brasileira, dando seu nome à sala que abriga o acervo da instituição datado do fim dos anos 1920 em diante. Nesse espaço estão obras de influência do Art Deco, Fauvismo, Cubismo, Concretismo, Abstração Geométrica, entre outras correntes artísticas do modernismo. Há obras de Guignard, Amilcar de Castro, Érico de Paula, Fernando Pierucetti, Álvaro Apocalipse, Solange Botelho, Chanina, Teresinha Veloso, Nello Nuno, Inimá de Paula, Carlos Wolney, Marcos Coelho Benjamin, Márcio Sampaio, Mário Silésio, Celso Renato, Lótus Lobo, Ana Amélia, Maria Helena Andrés e Sara Ávila, entre outras.

Coleção de Imagens de Devoção Popular  
 
O artista plástico e colecionador José Alberto Nemer reuniu as peças ao longo de mais de cinquenta anos, desenvolvendo extenso trabalho de pesquisa e documentação. Com isso, pela primeira vez em sua história, a instituição abre espaço para a arte popular dentro de sua mostra de longa-duração.

Fé e Devoção no Sertão de Rosa  
A mostra será exibida na Galeria de Exposições Temporárias do Atrium do Museu Mineiro e traz uma seleção de 47 fotos de autoria de Ronaldo Alves. São registros de congadas e folias de reis da região de Cordisburgo, que confirmam o que disse João Guimarães Rosa: “No sertão, até enterro simples é festa”. 

Com Agência Minas