Hipertensão atinge 22,7% da população adulta

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou dados assustadores relacionados à doença: são 9,4 milhões de mortes por ano causadas pela doença crônica, que também é responsável por 45% dos ataques cardíacos e 51% dos derrames cerebrais.

Segundo informações recentemente divulgadas pelo Ministério da Saúde, a hipertensão atinge 22,7% da população adulta brasileira, sobretudo as mulheres que representam 25,4% desse percentual. Os dados são da mais recente edição divulgada da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada em 2011 pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde.

Os números não são preocupantes se pensarmos que a doença não apresenta riscos de vida se for devidamente tratada. Independente do medicamento escolhido para tratamento, uma mudança do estilo de vida é fundamental tanto para hipertensos quanto para aqueles que pensam em se prevenir da doença.

É necessário cuidar da alimentação e do corpo com exercícios físicos constantes. ?É recomendável diminuir o sal da comida; fazer uma atividade física regular; evitar o sobrepeso, o estresse e o uso abusivo de bebida alcóolica; e abandonar o tabagismo?, aconselha o profissional de educação física da Academia Malhação, Henrique Castro.

Já é sabido por todos que a prática de exercícios contribui para a redução da pressão arterial, mas é importante alertar que o hipertenso necessita de acompanhamento profissional especializado. Segundo Henrique Castro, existe uma série de recomendações relativas à adequação do treinamento físico para o aluno com pressão alta.

O professor da Malhação explica que esses alunos devem evitar exercício com sobrecarga de cabeça para baixo, além de dar ênfase aos grupos musculares grandes na hora do treino. ?É preciso privilegiar peitoral, costas, quadríceps e músculos tibiais. Outro cuidado importante refere-se à alimentação. Além de seguir a dieta recomendada pelo médico, é preciso estar atento aos horários de alimentação e treino. É sempre bom medir a taxa de glicose antes do treino para saber se aquele é mesmo o horário mais indicado para malhar?, comenta.

De acordo com Henrique, hipertensos devem preferir treinos aeróbicos. ?Apesar da especificidade de cada caso, em geral, o ideal é que se treine de 5 a 7 vezes por semana, em programas aeróbicos. A musculação deve vir intercalada com esse treinamento, acontecendo de 2 a 4 vezes por semana?, aconselha.