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Governo de Minas anuncia pagamento de 13º em 4 parcelas e gera revolta de funcionalismo

Nesta sexta-feira, administração estadual afirmou que vai antecipar a última parcela do salário de novembro



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Redação Sou BH
22/12/17 às 21:47
Atualizado em 01/02/19 às 19:16


Gil Leonardi/Imprensa MG

A definição do pagamento integral do 13
º salário apenas em abril de 2018 não foi bem digerido pelo funcionalismo público do Estado. Uma ação judicial que obrigaria a administração pública a quitar a gratificação ainda em dezembro foi impetrada, além de protestos. O governo, por sua vez, culpou a gestão passada pela dificuldade financeira pela qual passa a gestão a anunciou nesta sexta-feira (22) o pagamento da terceira parcela do salário referente a novembro.

Conforme anúncio do Governo de Minas, o 13
º salário será pago em quatro parcelas iguais nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2018, sempre no dia 19. Para servidores da segurança pública e saúde, serão duas parcelas, conforme divulgado anteriormente, o que também gerou revolta do restante do funcionalismo.

"O Estado teria condição de quitar o 13
º salário da Educação com recursos que são vinculados. Mas defendemos uma política de pagamento para todo o funcionalismo, essa divisão foi péssima dando a entender que algumas categorias são prioritárias em relação a demais", afirmou a presidente do Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), Beatriz Cerqueira.

A sindicalista ainda afirmou que não houve negociação com as entidades, apenas um anúncio. "
Essa divisão em 4 parcelas a partir de janeiro também trata pessoas com remunerações diferentes de forma igual, agravando essa desigualdade. Auxiliar de serviço de Educação Básica vai receber em 4 parcelas um 13 que é menor que o salário mínimo, enquanto pessoas com R$ 40 mil de salário vai ter até janeiro o salário quitado", afirma Beatriz Cerqueira.

Governo

O secretário de Estado de Governo, Odair Cunha, 
afirmou que o governo se esforçou para realizar o pagamento da gratificação. Conforme Cunha, “tudo o que podia ser feito para cortar gastos de custeio e de pessoal foi feito ao longo desses três anos, além de melhorar a eficiência arrecadatória do Estado”.

“Todo compromisso do governo Fernando Pimentel é com a manutenção do pagamento dos salários dos servidores no mês. Não é pouca coisa, porque isso significa 115% do que nós arrecadamos de receita própria. E nós estamos, ao longo desses três anos, garantindo o pagamento, apesar do déficit que nós recebemos de R$ 8 bilhões. Considerando isso, nós temos buscado recursos extraordinários para garantir o equilíbrio das contas, viabilizando o pagamento do 13° ao longo desses três anos”, afirmou.

Nesta sexta-feira, o governador Fernando Pimentel anunciou que o pagamento da terceira parcela do salário dos servidores públicos referente a novembro, prevista para depois do Natal, será realizada ainda hoje, junto com a segunda parcela.