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Fotos e recados de pessoas comuns ganham exposição em BH

<p>Imagens serão expostas a partir do dia 12, na Biblioteca Municipal</p>



Créditos da imagem: naSavassi
Main coletivo
naSavassi
Redação Sou BH
12/08/14 às 13:38
Atualizado em 01/02/19 às 19:46

A mostra de fotografias BH Elegante, que ocupou pontos de ônibus da Savassi e de BH, irá ser exposta mais uma vez na Savassi. Desta vez, as fotos irão ocupar a galeria da Biblioteca Pública Estadual, na Praça da Liberdade, a partir do dia 12 de março.

As imagens foram produzidas pelo coletivo de fotógrafos ?Fora das Bordas? que, durante dois meses, fotografaram e entrevistaram pessoas em diversos pontos da cidade.

A produção das fotografias ocorreu da seguinte forma: a equipe do coletivo chamava voluntários com a oferta ?foto de graça, deixe seu recado?. Quem deixasse uma mensagem, ganhava a foto na hora.

?Encontramos várias histórias interessantes. Houve um cara que a filha estava desaparecida. Uma senhora com câncer que chegou com um grande lenço na cabeça, mas acabou ?se desmontando? ao longo da conversa e quis falar sobre como é viver com a doença. Houve um homem que mandou mensagem para a avó dizendo que teve de se afastar da família pela orientação sexual dele, mas que ama a família. Teve até mesmo o caso de um senhor que se separou da esposa e está perdendo contato com a filha e pede para que ela não se afaste dele?, conta o fotógrafo Flávio Valle, coordenador do projeto.

A exposição na Biblioteca Pública começa no dia 12 de março e vai até o dia 30, de segunda a sexta, de 8 às 20h; e sábado, de 8h às 12h.

A dificuldade de se manter um coletivo 

O coletivo Fora das Bordas surgiu em 2011, a partir de uma atividade temporária no festival de artes integradas Transborda.  A primeira ação do grupo foi fotografar retratos de pessoas gritando no Centro da cidade.

?As pessoas gritavam, mas não tinham voz, era um grito mudo. Então quisemos desenvolver um novo projeto que as pessoas pudessem deixar suas mensagens?. conta Flávio.

O coletivo se inspira em artistas como o fotógrafo francês JR, que ?cola? fotografias em tamanhos gigantescos nas fachadas de prédios e favelas (veja mais).

?A principal dificuldade de manter um coletivo é se profissionalizar na arte. Como é difícil viver 100% de arte você acaba precisando de outra profissão e dividir o tempo gera uma série de dificuldades?, completa Flavio.