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Governo autoriza o uso das Forças Armadas para liberar rodovias até junho

Anteriormente, apenas a Força Nacional seria usada para liberar estradas e reabastecer o país



Créditos da imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Redação Sou BH
26/05/18 às 14:59
Atualizado em 01/02/19 às 19:34

O presidente Michel Temer (MDB) assinou o decreto autorizando o emprego das Forças Armadas para a liberação total das rodovias no contexto da Garantia da Lei e da Ordem até o dia 4 de junho. O decreto foi publicado na noite da última sexta-feira (25), em edição extra do Diário Oficial da União.

Na tarde do mesmo dia, o presidente já havia determinando somente o uso da Força Nacional para liberar as rodovias e reabastecer o país com os produtos retidos nas estradas. Desta vez, os militares também estarão liberados para a desobstrução das vias. Cerca de 500 interdições parciais ainda acontecem no país. Minas Gerais registra 64 interdições.

Em relação ao decreto, as Forças Armadas – constituída pelo Exército, Marinha e Aeronáutica brasileiras – darão apoio às forças policiais, como a Polícia Militar (PM), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força Nacional – órgão de cooperação entre estados e federação –  na liberação das estradas. Além disso, as Forças Armadas poderão requisitar veículos e levá-los para distribuição dos produtos que carregam, mas isso só será feito caso o dono do caminhão – seja a empresa ou o próprio motorista – se negar a seguir viagem.

“A requisição de bens é um item do menu de opções que o governo tem em qualquer circunstância. Na medida que as coisas não voltarem à normalidade, o governo vai usar o instrumento que tem. A requisição é um ato de posse. Requisita, utiliza e devolve. É uma hipótese. Poderá ser utilizada na medida que for necessária”, disse o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, em entrevista coletiva realizada nessa sexta-feira no Palácio do Planalto, horas antes da edição do decreto.

Além de disponibilizar motoristas para o caso de requisição de veículos, as Forças Armadas também podem escoltar caminhões que transportam produtos essenciais, oferecer ao serviço policial caminhões-tanque e outros veículos necessários para o cumprimento da GLO.

Mesmo após o acordo, várias estradas continuaram obstruídas, ainda que parcialmente, pelos grevistas. De acordo com o governo, no entanto, as interdições reduziram de 938 para cerca de 500, sendo que em nenhuma das restantes houve interrompimento total do trânsito. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, as informações são passadas pelos postos da PRF espalhados pelo país.

Com Agência Brasil