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Associação de caminhoneiros pede o fim dos bloqueios das rodovias no país

O comunicado foi uma reação ao pronunciamento do presidente Michel Temer sobre o uso de forças federais



Créditos da imagem: Antonio Cruz/Agência Brasi
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Redação Sou BH
26/05/18 às 16:18
Atualizado em 01/02/19 às 19:34

A Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) pediu o fim dos bloqueios de rodovias, mantendo manifestações pacíficas, sem obstrução das vias. O comunicado foi uma reação ao pronunciamento do presidente Michel Temer (MDB), no qual informou que faria uso de forças federais para desobstruir as vias com interdições parciais devido aos protestos dos caminhoneiros.

“É lamentável saber que mesmo após tanto atraso, o presidente da República preferiu ameaçar os caminhoneiros por meio do uso das forças de segurança ao invés de atender às necessidades da categoria. Sendo assim, nos resta pedir a todos os companheiros que desobstruam as rodovias e respeitem o decreto presidencial”, disse a nota da entidade liberada na última sexta-feira (25).

No texto, a associação afirmou que os caminhoneiros já mostraram sua força e defendeu que a categoria siga mobilizada em defesa da retirada do PIS/Cofins sobre o óleo diesel. A entidade também destaca que não fechou acordo com o governo e o critica por ter demorado a dar uma resposta às demandas apresentadas. “A culpa do caos que o país se encontra hoje é reflexo de uma manifestação tardia do presidente Michel Temer, que esperou cinco dias de paralisações intensas da categoria. Estamos desde outubro do ano passado na expectativa de sermos ouvidos pelo governo. Emitimos novo alerta no dia 14 de maio, uma semana antes de iniciarmos os protestos”, informou o comunicado.

A Abcam não aceitou o acordo fechado ontem entre o governo federal e algumas entidades de representação de caminhoneiros. A associação reiterou que só aceitaria o fim das paralisações caso houvesse publicação pelo Diário Oficial da sanção presidencial de uma lei garantindo a retirada da incidência de PIS/Cofins sobre o diesel.

O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, criticou a medida que, segundo ele, visa "dividir a categoria". 

Bueno, que estava entre os que assinaram o acordo com o governo ontem, disse nesta sexta-feira que "em nenhum momento nenhuma das entidades que participaram desse trabalho se posicionou no sentido de comprometer ou desmobilizar esse movimento”. No dia anterior, ele havia dito à Agência Brasil que "não via necessidade" da continuidade do movimento após o acordo.

Com Agência Brasil