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Exibição gratuita do filme sobre o Pipiripau

<p>Até o dia 31 de julho, público poderá conhecer a história da obra no Memorial Minas Gerais Vale</p>



Créditos da imagem:
Main 0407 pipiripau
Redação Sou BH
12/08/14 às 13:38
Atualizado em 01/02/19 às 18:56

O Memorial Minas Gerais Vale (Praça da Liberdade, 640) exibiu ontem (3) uma sessão especial do filme ?Pipiripau: o mundo de Raimundo?, do diretor Aluizio Salles Junior. O longa, um misto de documentário e ficção, conta a história da criação do famoso presépio móvel, uma das principais atrações do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG.

A sessão especial contou com a presença do diretor do longa, de Maria Luíza Machado e Publio Machado, filha e neto de Raimundo Machado, o artesão criador do presépio do Pipiripau. O filme continua em exibição gratuita no Memorial da Vale até o dia 31 de julho.

Concebido no início do século passado pelo artesão Raimundo Machado Azevedo, o Presépio do Pipiripau é composto por cenas móveis que narram nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. São 586 figuras móveis, distribuídas em 45 cenas.

A obra foi iniciada em 1906, quando Raimundo, então com 12 anos, colocou a imagem do Menino Jesus em uma caixinha de sapatos forrada de musgos e cabelos de milho. Ao longo de sua vida, o artista foi acrescentando personagens e novas cenas, dando ao presépio vida e movimento, lançando mão dos recursos tecnológicos de que dispunha.

O primeiro movimento utilizou um sistema de repuxo d?água, mais tarde, um gramofone de corda, lampião de querosene e gasômetro. A máquina a vapor, em 1920, proveu energia para a movimentação do Pipiripau, e, com a eletricidade, em 1927, ele ganhou luz.

O Presépio foi doado à UFMG em 1976 e tombado pelo patrimônio histórico nacional em 1984. Instalada no Museu de História Natural e Jardim Botânico, a obra ocupa 20 metros quadrados e é movida por um motor elétrico ligado a fios, barbantes e cordas.

Após detalhado estudo realizado no ano passado, o presépio entrou em processo de restauração em março deste ano, sob responsabilidade do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da UFMG (Cecor). A previsão é de que as obras sejam concluídas em março de 2016.