Problemas estruturais interditam duas escolas municipais em BH

O caos trazido pelas chuvas da última semana não atingiu somente vias públicas da capital mineira. Com a junção de altos volumes pluviométricos e ventos característicos de tempestade violenta, registrados justamente na região onde fica a escola, uma parte do muro da Umei Grajaú (região Oeste) cedeu e levou à interdição do prédio. Os alunos estão temporariamente sem aulas e a Secretaria Municipal de Educação (Smed) não tem previsão de retorno das atividades ou de realocação dos pequenos.

A ocorrência foi analisada pela Defesa Civil municipal ainda na sexta-feira (16), que notificou a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). Esta, por sua vez, iniciou os trabalhos de inspeção na manhã desta segunda-feira (19), acompanhada da Gerência de Manutenção e Expansão da Rede Física da Smed. Até o momento desta publicação, nenhuma conclusão havia sido alcançada pela equipe que analisava a Umei.

Outra interdição

Embora tenha sido a única ocorrência intimamente causada pela chuva de sexta-feira, não foi apenas a interdição da Umei Grajaú que atrapalhou a educação de belo-horizontinos. Os 750 alunos matriculados na Escola Municipal Imaco, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, não verão mais os corredores do prédio onde a escola funcionava neste ano. É que, na última quarta-feira (14), o imóvel foi interditado após a detecção de problemas estruturais no edifício. De acordo com a Defesa Civil, trincas e rachaduras ameaçam a estrutura da escola e a segurança dos alunos.

Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira (19), a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou um plano de realocação para os estudantes. "Definiu-se que os alunos serão atendidos em salas de aula disponíveis no prédio onde funciona a Secretaria Municipal de Educação, na rua Carangola, no bairro Santo Antônio", diz trecho do comunicado (veja na íntegra abaixo).

As aulas no novo local começam a partir da próxima terça-feira (20), e os alunos vão ocupar todo o primeiro andar do prédio. A medida, porém, tem caráter provisório e não vai ser a única tomada pela Smed. A secretaria também informou que vai iniciar uma obra de reforma e manutenção de um prédio no bairro Santa Tereza, onde já funcionou uma escola estadual, para que os alunos sejam realocados até que o prédio da Escola Municipal Imaco seja reformado.

Questionada pelo SouBH sobre a reforma definitiva da Imaco, a Smed informou que esta não será concluída até o fim do ano. 

Nota da PBH na íntegra:

Em reunião realizada, na manhã desta segunda-feira (19/03), entre representantes da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (SMED), professores e pais/responsáveis dos estudantes da Escola Municipal Imaco foram discutidas as medidas que serão tomadas para o atendimento dos alunos até que a reforma estrutural pela qual o prédio onde funciona a unidade seja iniciada e concluída. O prédio da escola foi fechado, preventivamente, na última quarta-feira (14/03), depois que a Defesa Civil do município detectou problemas estruturais no edifício.

Neste primeiro momento, depois de uma ampla conversa com todos os presentes, definiu-se que os alunos serão atendidos em salas de aula disponíveis no prédio onde funciona a Secretaria Municipal de Educação, na rua Carangola, no bairro Santo Antônio. A pedido da direção da escola, todo o primeiro andar será adaptado e receberá os estudantes a partir desta terça-feira (20/03). A medida foi tomada para imediata retomada do atendimento escolar, evitando, assim, prejuízos ao ano letivo dos alunos.

Além desta medida, a Smed vai iniciar uma obra de reforma e manutenção de um prédio do município, localizado no bairro Santa Tereza, onde já funcionou uma escola estadual, que poderá receber todos os alunos da Escola Municipal Imaco. Ao fim das intervenções de melhoria neste prédio, uma nova reunião com os pais e servidores da escola será marcada para nova avaliação do atendimento aos estudantes.

Sobre o transporte escolar, a Smed entregou a todos os pais presentes um formulário para a análise da demanda de cada estudante, de maneira que, a partir do estudo desses dados, será possível programar o atendimento do transporte escolar para esses alunos.