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Empresas de ônibus de BH colocam serviço em xeque após reajuste ser descartado por Kalil

Prefeito da capital descartou conceder aumento de tarifa antes da realização de auditoria



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Redação Sou BH
19/12/17 às 21:46
Atualizado em 01/02/19 às 19:16


Adão de Souza/PBH

Poucas horas após o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), descartar qualquer reajuste da passagem de ônibus antes da realização da auditoria do setor, os empresários de coletivos da cidade colocaram em xeque o funcionamento pleno desse tipo de transporte público. Eles pleiteiam por um aumento de 10,5% no valor total do tíquete, o que significaria uma passagem de aproximadamente R$ 4,50.

Ao
SouBH, a assessoria do Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte) afirmou que, se não houver reajuste, a manutenção da frota de ônibus da capital mineira (como abastecimento e pneus) e o salário dos trabalhadores ficam em risco. Entre as justificativas, o sindicato aponta o aumento de 13,24% no preço do óleo diesel e afirma operar no vermelho há meses.

“Nossa grande preocupação é começar a ter pontos de interrupção de serviço na capital por falta de capacidade de pagamento. Vai da situação financeira de cada empresa”, afirmou o presidente do Setra, Joel Paschoalin, à repórter Luciene Câmara, do jornal
O Tempo.

Mais cedo, Kalil anunciou que não terá aumento no valor da tarifa de ônibus até que seja realizada a auditoria nas contas das empresas de transporte de BH e na própria BHTrans, o que descartaria o reajuste para início do próximo ano. 

“Estamos aqui trabalhando sério. Belo Horizonte transporta 30 milhões de passageiros por mês. Esse não é um assunto para demagogia. É um assunto que precisa ser tratado com seriedade. Sem uma auditoria, o reajuste é zero. O prefeito não vai decretar aumento nenhum. O reajuste é zero porque a auditoria na BHTrans foi impedida de ser feita pela Justiça. De acordo com o que foi prometido, não tem reajuste enquanto não se abrir a ‘caixa-preta’ da BHTrans”, declarou o prefeito.