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Dia de Combate ao Fumo alerta para conscientização

<p>O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo</p>



Créditos da imagem: SXC Photo
Main 3 cigarro
SXC Photo
Redação Sou BH
12/08/14 às 13:38
Atualizado em 01/02/19 às 19:58

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, que acontece nesta quinta-feira (29), é uma oportunidade para conscientizar a população sobre os males causados pelo fumo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. Pesquisa divulgada pela mesma instituição aponta que mais de 5,6 milhões de pessoas morrem por ano devido aos males do tabaco, sendo 600 mil fumantes passivos, ou seja, aqueles que não fumam, mas estão sujeitos à fumaça do cigarro.

?Mesmo com toda a divulgação dos malefícios da fumaça, a criação de leis rígidas que proíbem a emissão em locais fechados e restringem a propaganda de cigarro em pontos de venda, além do aumento na taxação do produto, ainda é preciso maior conscientização por parte da população?, afirma Dr. Amândio Soares, diretor da Oncomed BH.

Cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão diagnosticados no mundo estão associados ao tabagismo. A doença apresenta altas taxas de mortalidade com uma sobrevida média de cinco anos, que varia entre 13 e 21% em países desenvolvidos e entre 7 e 10% nos países em desenvolvimento.

No Brasil, foi o tipo de câncer com maior mortalidade entre os homens e o segundo mais letal entre as mulheres nos últimos anos, com crescente aumento de sua incidência e dados estatísticos preocupantes. ?O fator de risco mais importante para ocorrência do câncer de pulmão é o tabagismo. Outros fatores de risco tradicionalmente aceitos são: exposição ocupacional (asbestos, gás radônio, urânio, cromo, agentes alquilantes, entre outros), tabagismo passivo, história familiar de câncer de pulmão e neoplasia pulmonar prévia?, explica o oncologista Alexandre Fonseca.

Os fumantes têm o risco 20 a 30 vezes maior de desenvolver a doença do que os não fumantes. ?Este risco depende da quantidade de cigarros consumida, duração do hábito e idade em que se iniciou o tabagismo?, explica o médico.

A interrupção do hábito de fumar, em qualquer momento, implica na queda do risco de desenvolvimento do câncer de pulmão. ?Esta redução de risco ocorre de maneira gradual e progressiva ao longo de 15 anos. Após esse período, o risco se estabiliza, permanecendo duas vezes maior para um fumante em comparação a um não fumante?, discorre Dr. Alexandre.

Nos últimos anos, com as campanhas governamentais e da sociedade civil em todo o mundo, tem-se observado uma diminuição significativa do tabagismo. No entanto, a população de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão permanece elevada, devido ao grande número de ex-fumantes. ?Este cenário mostra que o câncer de pulmão continuará a ser um dos problemas de saúde pública nas próximas décadas mobilizando a sociedade médica em estudos de métodos para a detecção precoce da doença?, atesta Alexandre.

Apesar dos avanços no tratamento do câncer de pulmão nas últimas décadas, o prognóstico da doença, quando diagnosticado em fase avançada, permanece desfavorável. Neste sentido, a detecção da doença na fase inicial é essencial para que os pacientes apresentem uma maior chance de tratamento e cura.