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Acessibilidade: Hipercentro de BH é considerado 'selva de pedras' e vistoria busca solução

Seminários e visitas técnicas foram realizadas pelos membros da Câmara neste mês



Créditos da imagem: Banco de Imagens/Shutterstock
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Redação Sou BH
24/08/17 às 19:45
Atualizado em 01/02/19 às 19:05


Banco de Imagens/Shutterstock

Vereadores de BH vistoriaram o hipercentro da cidade para avaliar as condições de livre trânsito e acesso de pessoas com deficiência, nesta semana. Os integrantes da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário realizaram a visita na quarta-feira (23) com o intuito de melhorar a legislação e assegurar os direitos dos cidadãos.

Os vereadores começaram a vistoria pelo metrô, partindo da estação São Gabriel até a Praça da Estação, avaliando se as vias do entorno e os prédios próximos possuem rampas, rebaixamentos de calçada e pisos táteis.

Em conjunto às atividades da Comissão e reacendendo os debates sobre a acessibilidade em BH, um seminário realizado na Câmara Municipal discutiu os problemas de infraestrutura nas ruas e no transporte público da capital. Caracterizando BH como “uma selva de pedra para pessoas com deficiência”, o estudante Cristopher Peres relatou as dificuldades que encontra para se locomover em ônibus e nas escolas da capital.

Com palestrantes e membros do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o seminário abordou estatísticas e debateu sobre melhorias que podem ser empregadas na cidade e na legislação que garantam o direito das pessoas com deficiência.  O vereador Jair Di Gregório (PP), membro da Comissão de Desenvolvimento, apresentou durante o seminário os números atuais da capital. Cerca de 25% dos ônibus de BH não são adaptados para cadeirantes e deficientes visuais.

Seguindo o relato de dificuldades enfrentadas por estudantes e pelos próprios vereadores dentro do Plenário Amynthas de Barros, que não é adaptado, o especialista da BHTrans, Marcos Fontoura comentou os gastos para reformar um edifício não adequado. Segundo Fontoura, dados científicos da Universidade Fumec demonstram que construções adaptadas custam 2% a mais, porém, para realizar as mudanças necessárias o gasto sobe para 25% a mais.

A intenção da Comissão é dar visibilidade para este segmento da população e realizar uma blitz por diversos locais de BH durante o mês de setembro, verificando a acessibilidade da cidade.