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Racismo contra Tinga revolta brasileiros

<p>O jogador do time mineiro foi vítima de insultos racistas em jogo pela Libertadores, ontem, no Peru</p>



Créditos da imagem:
Main tinga
Redação Sou BH
12/08/14 às 13:38
Atualizado em 01/02/19 às 19:59

Os atos de racismo que tomaram conta do estádio na partida entre Cruzeiro e Real Garcilaso, ontem (12), pela Libertadores da América, revoltaram o país. O alvo dos insultos foi o jogador Tinga, do time mineiro. A cada vez que o meio-campista pegava na bola, a torcida do clube peruano imitava macacos. As ironias começaram aos 18 minutos do segundo tempo, quando o jogador entrou em campo para substituir o meia-atacante Ricardo Goulart. O árbitro da partida, José Argote, não tomou providências contra o ocorrido.

Ao deixar o gramado, Tinga lamentou o fato. ?A gente fica muito chateado. Trocaria todos os meus títulos por uma igualdade?. Além da vítima, companheiros e torcedores de outros clubes também demonstraram indignação com os atos preconceituosos. Dentre eles, estava Alexandre Kalil, o presidente do rival Atlético-MG, que mesmo torcendo pela derrota do clube celeste, se sensibilizou com o racismo contra Tinga.  ?Racismo na Libertadores?... Me tiraram o prazer da derrota do Cruzeiro. Lamentável!?, comentou o dirigente alvinegro por meio do seu perfil oficial no Twitter.

A revolta popular contra o racismo ganhou ainda mais força na voz de Dilma Rousseff, que também utilizou o seu Twitter para repudiar o fato. Ela aproveitou a ocasião para declarar que a Copa do Mundo no Brasil será a Copa contra o preconceito. ?Acertei com a ONU e a FIFA que a nossa #CopaDasCopas também será a #CopaContraORacismo, porque o esporte não deve ser jamais palco para o preconceito?.

Para se solidarizar com o jogador Tinga, Dilma ainda twittou a tag, que desde o ocorrido, está entre as mais utilizadas no mundo. "Por isso, hoje o Brasil inteiro está #FechadoComOTinga".