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Conheça dez esportes pouco populares no Brasil que fazem parte das Olimpíadas

Entre os 42 esportes distribuídos em 17 dias de competição, há alguns ainda pouco conhecidos pelos torcedores brasileiros



Créditos da imagem: Divulgação
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Jogo de Badminton
Redação Sou BH
26/04/15 às 04:04
Atualizado em 01/02/19 às 19:18

Não é só de voleibol e natação que vivem os Jogos Olímpicos Rio 2016. Entre os 42 esportes distribuídos em 17 dias de competição, há alguns ainda pouco conhecidos pelos torcedores brasileiros, mas nem por isso menos emocionantes - muito pelo contrário! Por isso, vale a pena ler com calma o calendário de competição para descobrir alguns tesouros. A seguir, preparamos um "mapa da mina" para você.

BADMINTON

Nada de tênis com peteca

OK, ambos têm rede e raquete, mas só no badminton você verá 50 golpes a cada 20 segundos na peteca, que pode atingir 400km/h. Mesmo aguentando tanta pressão, o equipamento tem um quê de delicado: pesando cerca de cinco gramas, a peteca é composta por 16 penas de ganso – todas retiradas da asa esquerda da ave. No Rio 2016, a expectativa tem alvo certo: a China, detentora de mais da metade de todas as medalhas disputadas desde que o esporte estreou em Jogos Olímpicos, em Barcelona 1992.

Onde: Riocentro, Pavilhão 4 (Parque Olímpico da Barra)

Quando: 11 a 20 de agosto de 2016

RUGBY

Carnaval na arquibancada

Bastou quase nada para que o rugby surgisse: o esporte começou quando uma criança da Rugby School, na Inglaterra, pegou uma bola de futebol com as mãos e saiu correndo, na década de 1830. Exatos 186 anos depois, o Rio 2016 servirá de estreia olímpica para o rugby sevens, uma versão com menos da metade dos jogadores do rugby tradicional, mas com a mesma regra básica: os times avançam passando uma bola oval de mão em mão a um companheiro que está posicionado atrás no campo. Para os brasileiros, o esporte oferece uma alegria extra: os torcedores costumam ir aos estádios fantasiados, em um clima de carnaval que tem tudo a ver com a atmosfera do Rio 2016.

Onde: Estádio de Deodoro (Parque Olímpico de Deodoro)

Quando: 6 a 11 de agosto de 2016

HÓQUEI SOBRE GRAMA

Olho nas holandesas

Ainda pouco conhecido pelos brasileiros, o hóquei sobre grama tem uma história milenar – há registros da prática no Egito Antigo, há 4 mil anos – e, hoje, ostenta uma posição bem democrática, como único esporte coletivo a ter medalhistas de todos os continentes. Com 11 jogadores de cada lado, os atletas conduzem a bola (de plástico e cortiça, com 2,3 cm de circunferência) com um taco (de fibra de carbono, fibra sintética e de vidro, pesando entre 350g e 700g), numa partida de uma hora. Bicampeã olímpica, a seleção feminina da Holanda chega ao Rio 2016 com a melhor jogadora do mundo no elenco, Ellen Hoog.

Onde: Centro Olímpico de Hóquei (Parque Olímpico de Deodoro)

Quando: 6 a 19 de agosto de 2016

LUTA LIVRE

Não vale tudo

O nome engana: a luta é livre, mas nem tanto. O lutador deve derrubar ou imobilizar o adversário utilizando qualquer parte do corpo, mas não pode aplicar joelhadas, cotoveladas, estrangulamento, dedo no olho e puxar o cabelo. Apesar de ser um esporte exuberante em força e resistência, a aparência também é fundamental: os atletas devem manter os cabelos curtos, as unhas cortadas e a barba feita. No Rio 2016, os brasileiros poderão testemunhar um feito inédito não apenas na luta livre, mas em toda a história dos Jogos: se conquistarem o ouro, as atuais tricampeãs olímpicas Saori Yoshida e Kaori Icho, do Japão, se tornarão as primeiras mulheres a vencer a mesma prova olímpica quatro vezes.

Onde: Arena Carioca 2 (Parque Olímpico da Barra)

Quando: 17 a 21 de agosto de 2016

CANOAGEM SLALOM

A força dos atletas x a força das águas

Não basta entrar num caiaque ou numa canoa e descer uma corredeira de 250m. É preciso enfrentar águas turbulentas, diversos obstáculos – e, claro, chegar antes dos adversários. O percurso tem entre 18 e 25 “portas”, que precisam ser atravessadas ora a favor, ora contra a correnteza, e cada infração gera um acréscimo de tempo. Nesta que é uma das provas mais radicais dos Jogos Olímpicos, os holofotes estarão sobre os gêmeos da Eslováquia Peter e Pavol Hochschorner: após três ouros – em Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008 –, a dupla ficou “apenas” com o bronze em Londres 2012 e espera retornar ao topo do pódio no Rio 2016.

Onde: Estádio de Canoagem Slalom (Parque Olímpico de Deodoro)

Quando: 7 a 11 de agosto de 2016

GINÁSTICA DE TRAMPOLIM

Quando o pula-pula fica sério

Toda criança gosta de pula-pula, mas aquelas que levam a brincadeira a sério podem acabar disputando Jogos Olímpicos. Uma tela de nylon presa por molas é esticada sobre uma estrutura metálica retangular, e é nesta “cama elástica” que a competição – e a diversão – acontecem! Os saltos alcançam oito metros e, lá no alto, os atletas devem realizar acrobacias que são avaliadas por sua dificuldade e precisão. Dica: alongue bem seu pescoço para poder acompanhar todas as “travessuras” da canadense Rosie MacLennan, que chega ao Rio 2016 como atual campeã olímpica e mundial.

Onde: Arena Olímpica do Rio (Parque Olímpico da Barra)

Quando: 12 e 13 de agosto de 2016

PENTATLO MODERNO

Atletas polivalentes

O pentatlo foi disputado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, em 708 A.C. O “moderno” do nome se refere às inovações trazidas pelo Barão Pierre de Coubertin, idealizador dos Jogos da Era Moderna, que fixou os “cinco atos” em esgrima, natação e hipismo e, numa segunda etapa, uma prova combinada de corrida e tiro esportivo. Em um esporte que exige múltiplas habilidades do atleta, os brasileiros podem concentrar suas fichas em Yane Marques. A pernambucana começou a praticar o esporte em 2003 e, já no ano seguinte, foi campeã nacional. Com o bronze em Londres 2012, ela se tornou a única medalhista olímpica do pentatlo moderno no hemisfério sul!

Onde: Arena da Juventude, Centro Aquático de Deodoro e Estádio de Deodoro (Parque Olímpico de Deodoro)

Quando: 18 a 20 de agosto de 2016

CICLISMO BMX

Garantia de tombos incríveis

Mais recente disciplina olímpica do ciclismo, tendo ingressado nos Jogos em Pequim 2008, o BMX (Bicycle Moto Cross) é também a mais radical. Baterias de oito atletas largam de uma rampa de oito metros para um circuito de até 400 metros repleto de saltos e manobras que desafiam a gravidade – e muitas vezes perdem para ela, produzindo os mais espetaculares tombos dos Jogos! No Rio 2016, a competição terá ainda uma “pimenta extra”: após um quinto lugar em Londres 2012, a fera australiana Caroline "Cannonball" Buchanan, campeã mundial em 2013, vem com fome de medalha olímpica.

Onde: Centro Olímpico de BMX (Parque Olímpico de Deodoro)

Quando: 17 a 19 de agosto de 2016

ADESTRAMENTO

O "balé do hipismo"

O apelido não é exagero: cavalo e cavaleiro devem exibir perfeita sintonia em movimentos obrigatórios (como passos, trotes e galopes) e livres, de acordo com uma música de fundo e sem que o atleta emita qualquer som. Ah, e embora o atleta continue sendo uma pessoa (o hipismo é o único esporte em que homens e mulheres competem entre si, em igualdade de condições), o cavalo também tem status de estrela, recebendo massagens e até acupuntura. No Rio 2016, fique de olho na Alemanha, verdadeira rainha do adestramento, com 19 medalhas de ouro, 11 de prata e 9 de bronze nos Jogos.

Onde: Centro Olímpico de Hipismo (Região Deodoro)

Quando: 10 a 12 e 15 de agosto de 2016

CICLISMO DE ESTRADA

Um olho no relógio, outro na praia

Normalmente, competições de longa distância não ocorrem em alta velocidade constante, alternando “disparadas” com momentos mais “estratégicos”. Atenção: este não é o caso da prova de contrarrelógio do ciclismo de estrada! Como o nome sugere, os atletas têm como adversário o impiedoso cronômetro, que obriga igualmente a todos dar o melhor de si a cada segundo. Os ciclistas largam separadamente, e vence quem percorrer primeiro os 54,5km (para os homens) ou 29,8km (para as mulheres) do percurso. No Rio 2016, a tensão do tique-taque será amenizada pela vista da orla carioca que sediará a prova.

Onde: Pontal (Região Barra)

Quando: 10 de agosto de 2016

Fonte: Portal Itatiaia