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Salas comerciais de baixo custo fazem sucesso em BH

<p>Escritórios <em>c</em>ompartilhados são uma ótima alternativa para quem quer economizar na hora de montar o próprio negócio</p>



Créditos da imagem: na Savassi
Main coworking
na Savassi
Redação Sou BH
12/08/14 às 13:38
Atualizado em 01/02/19 às 19:56

Manter um negócio em um ponto comercial é caro: o aluguel é altíssimo, e além disso, há os custos operacionais comuns em qualquer empreendimento. Pensando na redução de despesas, empresas e profissionais estão descobrindo um modelo interessante de ambiente de trabalho: o coworking.

A tendência criada nos Estados Unidos chegou ao Brasil em 2008. Na capital mineira, há uma expectativa de crescimento pela procura por estes escritórios compartilhados de 30% ainda este ano. Segundo o Grupo Coworking de Minas Gerais (GCMG), associação criada por empresários do setor para difundir o conceito de escritórios compartilhados, quem opta por estes espaços coletivos chega a economizar 85% nos gastos com um escritório próprio.

Bruna Lofego é proprietária de um dos quatro espaços de coworking da Savassi e diz que além de valores reduzidos a alternativa também oferece comodidade. ?Um escritório independente, em plena Savassi, não sai por menos de R$5000 por mês, se você colocar aí só despesas com aluguel, condomínio e etc. Aqui, por R$750 o profissional não tem essa burocracia de alugar um imóvel, comprar o mobiliário ou instalar internet. É tudo por nossa conta?, diz.

O local oferece ainda impressora, serviços de motoboy e telefonista com atendimento personalizado, secretária, internet, telefone e dispõe de copa equipada com freezer, fogão e microondas, além de uma área externa para confraternizações, almoços ou simplesmente para dar aquela respirada no meio do expediente. A empresária destaca ainda que estes espaços facilitam o networking. ?Aqui tem várias pessoas, de ramos diferentes, que acabam fazendo negócios entre si. A gente proporciona essa interação entre as empresas e pessoas?, explica.

Há seis anos trabalhando em uma agência de propaganda, o publicitário Fábio Oliveira viu a empresa em que trabalha crescer de uma forma diferente. ?Tínhamos uma sede própria com todos os funcionários trabalhando, mas pela quantidade de colaboradores trabalhando remotamente, decidimos fechar o escritório e partir para o coworking?, diz o publicitário de 31 anos. Hoje, as operações da agência estão presentes em Belo Horizonte, São Paulo e até na Argentina.

Segundo Fábio, a principal vantagem de se trabalhar assim, é que nesses ambientes onde os companheiros de sala não são seus colegas de trabalho, as atenções se voltam completamente para o tem que ser feito. ?O clima neste escritório é bastante profissional. Não tem ninguém para tirar a nossa atenção. Para cá, eu só trago o meu trabalho e o foco é 100% nele?, destaca o publicitário. Apesar disso, Fábio revela que interações entre colegas acontecem na cozinha ou na área externa e às vezes, ele ?troca uma ideia? com um outro publicitário que também trabalha no escritório.

A analista de atendimento do SEBRAE, Viviane Costa, faz algumas recomendações para quem deseja abrir o próprio negócio em um espaço de coworking. Segundo ela, o interessado tem que fazer uma pesquisa, se informar dos valores e conhecer vários escritórios para verificar a estrutura oferecida por eles. ?Não se pode contratar o primeiro?, diz.

Ainda de acordo com a analista, o empreendedor deve registrar a empresa com o endereço residência, mas pode divulgar para clientes e credores, o ?endereço virtual?. Viviane ressalta que este procedimento deve ser primeiramente autorizado pela prefeitura.

O Sebrae oferece orientação e cursos para quem deseja abrir uma empresa ou deseja expandir os negócios em um escritório compartilhado. Através do site da instituição, o empreendedor encontra cursos online gratuitos que podem auxiliá-lo sobre como realizar todos os processos corretamente. Quem quiser também, pode agendar uma visita de um consultor do Sebrae através do do telefone 0800 570 0800.

na Savassi