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Rendimento mensal médio de brancos é 84% maior do que de negros e pardos

Dados do IBGE mostram que o brasileiro ganha, em média total, R$ 2.149



Créditos da imagem: Divulgação/Flickr PBH
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Redação Sou BH
29/11/17 às 16:30
Atualizado em 01/02/19 às 19:13

Divulgada nesta quarta-feira (29), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) traz números que escancaram as relações de desigualdade no país. A pesquisa mediu o rendimento dos 88,9 milhões de brasileiros com 14 anos ou mais em situação de ocupação (carteira assinada). O total apurado foi de R$ 191 bilhões e o rendimento médio foi de R$ 2.149.

Embora a média total supere dois salários mínimos, a grande diferença aparece quando as categorias são observadas separadamente: brancos ganham 84% a mais que pardos e pretos. O rendimento médio mensal da população branca chega a três salários mínimos (R$ 2.810, 31% superior à média nacional), enquanto o das pardas e pretas mal ultrapassa um salário e meio (R$ 1.524 e R$ 1.547, respectivamente). Segundo o IBGE, a população branca corresponde a 46,6% da população ocupada e a população parda, 43,4%.

Outra discrepância é vista nas médias de renda de homens e mulheres. Eles recebem R$ 2.380 por mês, enquanto elas têm rendimento de R$ 1.836, quase 30% a menos.

Concentração

Segundo a Pnad Contínua, em 2016, o 1% dos trabalhadores com os maiores rendimentos recebia mensalmente, em média, R$ 27.085, ou 36,3 vezes mais do que a metade da população com os menores rendimentos, que ganhavam, em média, R$ 747.

A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita alcançou R$ 255,1 bilhões em 2016. A parcela dos 10% com os menores rendimentos da população detinha 0,8% do total, enquanto os 10% com os maiores rendimentos ficaram com 43,4%. O grupo dos que têm maior rendimento tem uma parcela da massa de rendimento superior à dos 80% da população com os menores rendimentos (40,8%).

O rendimento domiciliar per capita é a divisão dos rendimentos domiciliares pelo total de moradores.

No país, o rendimento médio real domiciliar per capita foi R$ 1.242. As Regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores valores (R$ 772) e a região Sudeste o maior, R$ 1.537.

Do remineração média mensal domiciliar per capita, 74,8% provêm do trabalho e 25,2% vêm de outras fontes, principalmente aposentadoria e pensão (18,7%).

Com Agência Brasil