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Pagamento a prazo é o mais estimulado nas lojas

<p>Uso do cartão de crédito aumenta e traz vantagens para consumidores e empresas</p>



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Redação Sou BH
12/08/14 às 13:38
Atualizado em 01/02/19 às 19:52

?Pode dividir em até três vezes no cartão?. A fala é corriqueira no diálogo entre clientes e atendentes de empresas do comércio varejista e o que varia é apenas a quantidade de parcelas. Segundo Pesquisa Balanço do Crédito, realizada pela Fecomércio/MG, o crédito via cartão é estimulado. De acordo com o estudo, 82% das compras a prazo no mês de maio foram realizadas pela maquininha e apenas 1,7% foram feitas em uma parcela. Por outro lado, o cheque pré-datado teve mais uma vez queda na participação: 10% contra 14% da pesquisa anterior. O resultado é bem diferente de janeiro de 2010, por exemplo, quando o percentual era de 26%.

De acordo com o economista da Fecomércio/MG Gabriel de Andrade Ivo, alguns fatores podem explicar o reinado absoluto do cartão. Além da praticidade e da possibilidade do consumidor ajustar a compra à renda, via parcelamento, a política de milhagens e bônus em produtos e serviços estimulam ainda mais o consumidor a usar os meios eletrônicos de pagamento. ?Por parte dos empresários, incentivar as vendas parceladas pode ser uma forma de evitar o risco da inadimplência, fortalecer a carteira de recebíveis em cartões, garantir pacotes de benefícios com as administradoras (redução de taxas e/ou aluguéis de máquinas) e alcançar metas de faturamento de cartões?, explica. Além das vantagens com as administradoras, com a redução dos juros, as empresas contam com maior facilidade na obtenção de recursos via antecipação de recebíveis.

O pagamento entre 3 e 10 parcelas predomina, com 87,2% dos registros. Isso demonstra que muitos empresários adotam a ação de compatibilizar o volume e valores de compras com prazos maiores, o que acaba estimulando o aumento do giro das mercadorias, com apelo de ?sem juros?. O consumidor toma isso como vantagem: acomodar o valor da parcela à renda, sem o ônus dos juros. A taxa de juros praticada nas parcelas acima de 12 vezes, pode situar em 2,3% ao mês. Conforme indica a pesquisa, com o parcelamento todos saem ganhando. ?Contudo, prazos dilatados comprometem a renda futura das pessoas o que, de certa forma, retira seu poder de compra no médio e longo prazo?, alerta o economista da Fecomércio/MG.

Os cheques apresentam risco de inadimplência. Por isso, em 88% das empresas não são aceitos. É o maior patamar desde julho do ano passado.

Com Fecomércio/MG

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