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Mulheres representam 43% dos empreendedores brasileiros

De acordo o Serasa Experian 8% da população feminina do Brasil é composta por mulheres empreendedoras



Créditos da imagem: Banco de imagens
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43% dos donos de negócios do país são do sexo feminino,
Redação Sou BH
10/03/15 às 22:36
Atualizado em 01/02/19 às 19:15

Por Daniela Maciel do Diário do Comércio

A eterna busca pelo equilíbrio entre as vidas pessoal e corporativa tem levado muitas mulheres ao empreendedorismo. De acordo com estudo da Serasa Experian, o Brasil possui 5.693.694 mulheres empreendedoras, o que representa 8% da população feminina do país. Isso significa que 43% dos donos de negócios do país são do sexo feminino, e 57% são homens.

Foi o que aconteceu com a jornalista, psicopedagoga e especialista em Responsabilidade Social, Luana Ferreira. Ela tem 33 anos e trabalhou por quase uma década numa multinacional da Grande BH. Com a chegada do primeiro filho ela optou por um novo caminho, a abertura da empresa Sair do Casulo, especializada em Gestão e Educação para a Sustentabilidade. "A vontade de empreender sempre existiu, porém fui muito nova para as empresas e isso foi dando certo. Quando engravidei a vontade de empreender voltou porque vi que seria uma via para que eu pudesse me dedicar mais ao meu filho. Tenho visto muitas mulheres fazer isso. Tive o apoio da família e hoje trabalho até mais, mas a flexibilidade de horários compensa", relata Luana.

Na liderança da escola de idiomas Mundy, Fernanda Tuna, de 32 anos, tomou o mesmo caminho da amiga Luana há cinco anos. "Na época, tinha dois filhos pequenos e trabalhava numa empresa internacional que me demandava a qualquer hora do dia, inclusive de madrugada. Não estava mais satisfeita e escolhi um tema que gostava para trabalhar. Tive o apoio da família, mas ouvi de muitas pessoas que estava louca de deixar um bom emprego para me arriscar em um negócio próprio. Hoje essas mesmas pessoas me elogiam e me chamam de guerreira", afirma Fernanda.

O tino para os negócios também pode ser uma herança passada de mãe para filha. Na marca mineira de roupas Elvira Matilde, a segunda geração composta pelas irmãs Emília, Teresa e Luisa Pádua acaba de assumir a gestão do negócio criado pela mãe Gabriela Demarco.

Segundo Teresa, relações-públicas e assistente de estilo da Elvira Matilde, assumir funções dentro da empresa foi um caminho natural. Cada irmã buscou uma qualificação diferente e hoje liberaram a mãe para se dedicar exclusivamente à criação. "Tudo começou dentro de casa, com minha mãe fazendo e vendendo camisetas para os amigos. Hoje temos uma equipe 90% formada por mulheres e é interessante ter os homens como contraponto. Com a ajuda deles nos aproximamos do equilíbrio", reflete Teresa Pádua.

As irmãs já começaram a implantar novas ideias na marca que foi formalizada em 1991. O comércio on-line é a primeira delas. "Além de termos uma gestão feminina, somos uma empresa familiar. Isso dá características específicas para a marca. Temos a todo momento buscar o aspecto do profissionalismo e tem dado certo", comemora.