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BH tem 2ª maior alta de preços de imóveis

<p>Em novembro, Florianópolis liderou o ranking das maiores altas de preços</p>



Créditos da imagem: Wikipedia
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Redação Sou BH
12/08/14 às 13:37
Atualizado em 01/02/19 às 19:55

O desempenho do mercado imobiliário está surpreendendo este ano. Pelo segundo mês consecutivo, o preço do metro quadrado dos imóveis prontos, a maioria usados e anunciados na internet, subiu, em média, 1,3% em novembro em 16 cidades, segundo o Índice FipeZap.

Em 12 meses até novembro, os preços aumentaram 13,8%. Descontada a inflação esperada de 5,9% para o período, segundo o Boletim Focus do Banco Central, o aumento real foi de 7,9%.

?O ano de 2013 está sendo um bom ano para o mercado imobiliário? afirma o coordenador do indicador, Eduardo Zylberstajn. O economista diz que a sua expectativa inicial era de enfraquecimento dos preços e das vendas de imóveis.

Isso porque ele achava que o desempenho do mercado de trabalho, o fator que mais pesa na compra de um imóvel ao lado da oferta de crédito, perdesse fôlego. Mas não foi isso que aconteceu.

A taxa de desemprego da cidade do Rio de Janeiro, que tem o metro quadrado mais caro do País (R$ 9.812), registrou em outubro o menor índice entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE: 4,6%, enquanto a taxa média nacional foi de 5,2%.

Zylberstajn pondera que a situação hoje dos preços dos imóveis é diferente do ?boom? ocorrido em 2010 e 2011, quando o metro quadrado subia mais de 2,5% a cada mês. Mas ele ressalta que os últimos meses tiveram variações mensais significativas, na casa de 1%.

Líder

Em novembro, Florianópolis liderou o ranking das maiores altas de preços, com elevação de 2,3%. Em termos absolutos, o valor médio do metro quadrado do imóvel pronto estava em R$ 5.080.

Na vice-liderança das cidades com maiores altas está Belo Horizonte (2,2%), seguida por Curitiba e Vitória (2,1%) e Fortaleza (1 9%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os mercados mais importantes do País, as variações foram de 1,3% e 1,2%, respectivamente.

Em nenhuma das 16 cidades pesquisadas os preços caíram de outubro para novembro. As menores variações mensais foram registradas em Salvador (0,1%), São Bernardo do Campo (0,7%) e Brasília (0,8%).

Além do vigor do mercado de trabalho, Zylberstajn acha que os preços continuam em alta porque a oferta de novos imóveis não acompanhou o ritmo da demanda, impulsionada pela maior disponibilidade de crédito por parte dos bancos.

Para o ano que vem, o economista diz que o desempenho do mercado imobiliário e dos preços ainda são uma incógnita. ?O ano 2014 é eleitoral e, por isso, será atípico?, observa. Mesmo assim, o coordenador do Índice FipeZap avalia que a formação de novas famílias que vão adquirir um imóvel pela primeira vez deve continuar.

Agência Brasil