Filarmônica com casa própria
Local de encontro entre a música, a Orquestra e seu público: Sala Minas Gerais será inaugurada em Belo Horizonte
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais vai escrever mais uma página importante na história cultural de Belo Horizonte com a inauguração de sua nova casa, a Sala Minas Gerais. Sonhada desde a criação do grupo, ela começou a ser projetada em 2013 para acolher e propagar a música de concerto, fomentar a cultura da cidade e colocar a capital mineira em evidência no circuito internacional erudito.
Todos os detalhes foram pensados para proporcionar ao público uma experiência única diante de um espetáculo de concerto. Acústica, arquitetura e modo como a plateia se desenvolve ao redor do palco. Foram analisados pontos como visibilidade, envolvimento, percepção espacial e luz, todos os aparatos tecnológicos em um investimento de R$ 179 milhões, tudo para tornar a Sala Minas Gerais única em seu desenho final.
As simulações nos modelos acústicos foram realizadas na Inglaterra e lideradas por Michael Barron, um dos principais pesquisadores sobre comportamento acústico em salas de concerto em todo o mundo. O projeto incorporou características das consagradas salas em forma de “caixa de sapatos”, como a Boston Symphony Hall, a Musikverein de Viena, dentre outras.
O resultado do cuidadoso trabalho foi um espaço perfeito para qualquer Orquestra do mundo se apresentar ao seu público com maestria. Foram dois anos de dedicação para que o ambiente saísse do terreno dos sonhos e fosse transportado para dentro do Centro de Cultura Presidente Itamar Franco, na Rua Gonçalves Dias, Barro Preto.
A estrutura
A área da Orquestra é compreendida pela sala de concertos, com 1.477 lugares, bem como pelos bastidores. A Filarmônica conta com uma sala de ensaios para a Percussão e duas para os demais naipes, além de sala de pianos com climatização especial.
A área pública é conformada por três amplos e convidativos foyers, um a cada nível. Cada foyer tem pelo menos um café e toaletes masculino e feminino. Até o término de todas as obras do Centro de Cultura Presidente Itamar Franco, onde a Sala Minas Gerais está inserida, a entrada do público será pela rua Tenente Brito de Melo, 1090. Os acessos para o estacionamento, atualmente com 360 vagas para carros, 12 motos e 12 bicicletas, será pela rua Alvarenga Peixoto.
O Centro de Cultura Presidente Itamar Franco, além da Sala Minas Gerais, abrigará o edifício sede da Rede Minas e da Rádio Inconfidência, um restaurante e uma praça de convivência com jardins e café gazebo.
Duas apresentações especiais marcarão a abertura da Sala: a primeira, no dia 27 de fevereiro, para convidados; a outra, no dia 28, para o público. Sob regência do maestro Fabio Mechetti, a Orquestra dividirá o palco com a soprano Edna D’Oliveira, a mezzo-soprano Edinéia de Oliveira, o Coral Lírico de Minas Gerais e o Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). No reportório, o Hino Nacional Brasileiro, de Francisco Manuel da Silva, e a emblemática Sinfonia nº2 em dó menor, Ressurreição, de Gustav Mahler. As apresentações acontecem às 20h30.
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Criada em 2008 com o intuito de inserir o Estado de Minas Gerais nos circuitos nacional e internacional da música orquestral, é um corpo artístico administrado pelo Instituto Cultural Filarmônica, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).
Formada por 90 músicos provenientes de todo o Brasil, Europa, Ásia, Américas e Oceania, a Filarmônica pauta seu trabalho pela excelência artística e vigorosa programação.