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Romance, agora vai?

Aproveitando a peça encenada por Marisa Orth, o Sou BH tenta dar uma ajudinha na missão de conseguir um amor



Créditos da imagem: Divulgação - Assessoria Árvore de Comunicação
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Pegando o gancho da peça de Marisa Orth o Sou BH tenta entender porque tantos corações solitários
Redação Sou BH
03/12/14 às 17:35
Atualizado em 01/02/19 às 20:03

Por Camila de Ávila, jornalista do Sou BH

Atualmente, encontrar e manter um relacionamento é muito difícil. A atriz Marisa Orth que o diga. Ela vem a BH para apresentar a peça “Romance Volume III – Agora Vai!”. E aí, será que vai? Na peça, ela conta as mazelas do amor, dos relacionamentos e da separação. Conversamos com belo-horizontinos, pedindo dicas sobre como conseguir um namorado, um amor, um “quem gostar”. Afinal, a coisa não tá fácil para ninguém. 

Segundo o Censo 2010, divulgado em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase metade dos belo-horizontinos são solteiros. Dentre os 2,3 milhões de cidadãos da capital mineira, eles representam 1,09 milhões de não casados. São 1,13 mulheres para cada homem. O mestre em música e educação, Matheus Rodrigues, concorda com este número. “Aparentemente, há mais mulheres que homens sim. Talvez seja até pelo recurso de mulher pagar a entrada mais barata, mas é a sensação que tenho”, constata. A gestora de conteúdo Aryadne Gomes concorda com Matheus e percebe também que há mais mulheres que homens nas noites de BH. “Tenho impressão de que há mais mulheres solteiras. Pelo menos elas reclamam mais”, analisa.

O problema é que encontrar alguém para se relacionar está mesmo difícil. Matheus pensa que, atualmente, as pessoas priorizam outras esferas da vida e deixam as relações amorosas para depois. “Quando mais jovens, as pessoas se preocupam com a carreira, estudos, viagens e acabam adquirindo uma bagagem grande de conhecimento e vivência. Quando chega à fase dos 30 anos, começam a procurar um relacionamento e, devido a tudo que fizeram antes, se tornam mais exigentes”, afirma. A analista de redes sociais, Amanda Tavares, concorda com o músico e afirma que as pessoas procuram algo difícil de encontrar. “A procura é por pessoas perfeitas. Não dá para seguir o modelo da Disney. Não existe o príncipe encantado”, afirma.

Pegação

“Te pego forte, te dou um beijo/Só tem uma solução? É nóis fazer parapapá”. A parceria de Michel Teló e a banda de pagode Sorriso Maroto, “É Nóis Fazer Parapapá”, ilustra bem o que o analista de redes sociais, Filipe Papini, observa na noite. “As pessoas estão mais dispostas para a ‘pegação’ do que para um relacionamento. Pelo tipo de festas e baladas que a cidade oferece, acho que não dá para conhecer o amor da sua vida”, afirma. Amanda pensa da mesma forma. “Homens e mulheres estão mais dispostos a pegação que para um relacionamento sério,” diz. Aryadne afirma que dependendo do lugar, só será possível pegar alguém e não se relacionar. “Em boates há mais paquera e ‘pegação’. Difícil achar alguém para um relacionamento, mas claro que há exceções,” diz. 

Ah, o amor!

“Fundamental é mesmo o amor/ É impossível ser feliz sozinho”.  Tom Jobim afirma, em “Wave”, que sem o sentimento não há como ser feliz. E a procura pelo amor está muito difícil, não dá para ficar com qualquer pessoa. “Se uma pessoa é ‘mais exigente’, ou seja, leva em consideração alguns filtros de interesse, a procura fica muito mais difícil. Não pego uma mulher por ser somente bonita, tem que ter algo a mais,” diz Filipe.  

Tem que procurar a pessoa certa nos lugares certos. Matheus lembra que hoje há mais recursos. “Atualmente há aplicativos, sites e as baladas estão segmentadas. Fica mais fácil a procura. As casas estão dando opções,” conta. 

Qualquer amor?

“Mesmo o amor que não compensa/É melhor que a solidão.” O poetinha Vinícius de Moraes em parceria com Baden Powell, colocou o verso acima na canção “Como dizia o poeta”. Será que ele está certo? Para Aryadne não. “Precisa achar um amor que te arrebate. As pessoas vivem em função de encontrar um relacionamento e não é assim,” ressalta. Filipe também discorda do poeta que se casou nove vezes. “Prefiro a solidão. Investir num amor que não compensa vai dar errado,” analisa.

A receita

“O meu melhor amigo/É o meu amor”. A canção “Velha infância”, dos Tribalistas, afirma que o amor pode começar numa bela amizade. E pode ser verdade, mas há que se cuidar para não cometer pequenos erros. A filosofia de boteco diz: as mulheres tendem a colocar os homens mais interessantes na zona da amizade, quando na verdade estes são os melhores partidos. E os homens perdem o foco quando há uma pequena dificuldade. 

Fiquem atentos corações solitários, muitos amores começam numa conversa na mesa de bar.