Sair de um jardim colorido e entrar numa galeria grande e pintada de branco pode não ter lógica para alguns, mas na arte contemporânea há lugar para todos os sentidos e percepções. Esse é o foco das 17 novas obras do Inhotim: repensar o espaço.
No total, são 12 artistas nacionais e internacionais ocupando três galerias: Lagos, Praça e Fonte. A mostra temporária, que reflete temas como percepção, tempo e linguagem audiovisual. As exposições ficam abertas por cerca de dois anos.
Galeria Lagos
As obras de David Lamelas trabalham a luz, o tempo, o espaço, a arquitetura e a desmaterialização dos objetos. Em ‘Falling Wall’, uma parede de drywall com dois metros de altura e duas toneladas, o artista mostra que a arquitetura não é neutra e que ela pode ser a própria obra de arte. No mesmo ambiente, também está a ‘Corning Piece’, uma estrutura em uma das quinas do local.
Focada na linguagem do audiovisual, a galeria apresenta oito artistas, com obras em formato de video wall (parede de vídeos), slides, projeções, dentre as quais seis são inéditas no Brasil.
Galeria PraçaEsse espaço é uma exposição monográfica de Paul Pfeiffer onde ele mostra em ‘Empire” um vídeo da trajetória de uma casa de maribondo, para fazer o público refletir sobre a criação e a vida. Já na estrutura gigante ‘Vitruvian’ o artista americano se inspira no estádio olímpico de Sidney para montar uma réplica ampliada: a arena original tem a capacidade de 80 mil pessoas, já a obra tem 1 milhão de assentos em miniatura. Nesse trabalho, Pfeiffer reflete o contemporâneo, os espetáculos de entretenimento e as dimensões.